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Cap. 701 – Louca para Casar – Madeleine Wickham

Ciao!!! 

Maio. Mês das Noivas. E a
parceria do LdM com a Editora Record começa no feriado (espero que alguém esteja curtindo o descanso, porque eu estou trabalhando) com um livro que fala sobre
casamento. 
Eu já li outros livros desta
autora, assinados como Sophie Kinsella. E posso dizer que é uma chance de
reconciliação. Não é que a autora seja ruim, acho que havia uma
incompatibilidade entre mim e as personagens dela…
Louca para Casar – Madeleine Wickham
Record
(The
Wedding Girl – 1999)
Personagens:
o casamento de Melissa “Milly” Havill e Simon Pinnacle
Faltando
poucos dias para o casamento do ano, entre Milly e Simon, uma atitude impulsiva
do passado dela bate à porta: ela já era casada. E se subisse ao altar e
assinasse os documentos, corria o risco de ser presa por bigamia. Enquanto tenta
contato com o marido de fachada, começa a questionar o momento da vida: o
casamento, as relações familiares, as escolhas de antes e de agora…
Comentários:

Primeiro: não é uma comédia. Embora tenha coisas engraçadas, este não é um
livro que te fará dar gargalhadas. A menos que você seja do tipo que ria da
desgraça alheia.
– O
livro fala sobre escolhas e arrependimento. Dez anos antes, Milly escolheu
ajudar um casal de amigos/colegas/conhecidos gays. Allan precisaria se casar
para permanecer na Inglaterra. Ela foi a esposa de fachada. Seria algo
temporário e, além da gratidão de ambos, ganhou um colar de pérolas de água
doce.
Ok,
o tempo passou, eles perderam o contato e Milly ficou com a sensação de que
isso aconteceu em outra vida, em um universo paralelo e abandonou a memória em
algum canto da mente dela.

Só que, agora, uma testemunha do primeiro casamento, estava envolvida nos
preparativos do segundo casamento. E se dá conta de que apenas ele e ela sabem
disso. Ninguém mais sabe. E se o segredo vier à tona, adeus cerimônia, adeus
Simon, adeus tudo. No entanto, independente disso, ela dá demonstrações de que
este “tudo” em que estava prestes a entrar não era assim exatamente como ela
queria. Na verdade, Milly começa a se questionar, porque não teria sido fiel
aos próprios princípios.

Ao mesmo tempo, temos histórias paralelas: Simon não se dá bem com o pai, o
ricaço famoso Harry Pinnacle (concordo com os motivos, entendo as reações, só
queria que Simon entendesse que, agindo daquele jeito, apenas ele sairia ainda
mais ferido no final – sim, experiência própria), a mãe de Milly, Olivia, está
mais deslumbrada que a noiva com a cerimônia e o que representa (comecei
detestando esse personagem. Lembranças da mãe da Bridget Jones
 e de Lucia,
personagens fúteis e deslumbradas, que mereciam ser devidamente enquadradas
pelas filhas), a frustração do pai de Milly, James, com o casamento da filha, o
próprio casamento e a vida em geral; as dúvidas da irmão mais velha, Isobel,
sempre tida como independente e bem resolvida, mas que também está com uma
encrenca para resolver.

Ou seja, é muita gente confusa, reavaliando expectativas e frustrações sobre a
própria vida – tudo isso em meio ao estresse da organização de um casamento
que, eles ainda não sabem, pode não acontecer. Ou seja, é uma bomba-relógio a
espera de colocar todo mundo – não apenas Milly e Simon – diante de novas
escolhas que implicam em decisões que não poderão ser adiadas.
– E
só queria fazer um parêntesis, me permitam falar do milagre sem contar o santo,
mas fiquei triste com um final – que trata exatamente do arrependimento que
mencionei antes. Foi realmente uma pena. Mas é coisa que aconteceria na vida
real.
Bacci!!!

Beta 

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