Um avatar para chamar de seu – Silvana Barbosa – Cap. 1876

Ciao!

Disponível na Amazon

Duas pessoas de universos bem distintos unidas pelo fundo do poço profissional.

Ao invés de brigar, se tornaram aliadas para atingir um objetivo comum: superar a má fase.

Com direito a um bônus que vira complicação…

Finalmente, depois de anunciar o lançamento, consegui ler!

Um avatar para chamar de seu – Silvana Barbosa
(2022)
Personagens: Wanda Xavier e Quincy Mintury

Wanda e Quincy não sabiam, mas estavam atravessando uma maré contrária bem semelhante. O último filme dele foi só não foi um fracasso completo graças ao corpo dele. Os livros dela não estavam vendendo e ela precisava se reinventar em um novo estilo para conquistar leitoras e leitores. Uma foto usada sem autorização para divulgar o lançamento o deixou irritado. Apesar do início torto, não é que poderia dar certo serem aliados na busca por dias melhores? Só não podiam complicar estendendo a parceria para outras áreas além da profissional.

“Eu quero minha imagem de volta, Wanda. E você quer sucesso. Um pode ajudar ao outro”

A sensação de pânico ao se ver preso a um futuro que não queria, que não fazia parte dos seus sonhos e o pavor de não superar o fracasso. Quincy enfrentou isso ao quase ser convidado para fazer parte do elenco fixo de uma série de TV. Seria perfeito, se não representasse alguns passos atrás na carreira de astro de cinema pela qual lutou tanto.

Precisava se desligar de tudo e pensar nas opções, no futuro e como dar a volta por cima. Por isso, fez as malas, deixou os Estados Unidos e veio visitar a família da tia afetiva no Brasil. Aqui conseguiria a paz de que tanto precisava.

Só que não. A prima, Carina, uma influenciadora digital literária mostrou a divulgação de um livro independente que tinha usado imagens dele no último filme – o fracasso que ele gostaria de esquecer. Tinha que dar um jeito antes que isso fosse longe demais.

Não é possível acontecer algo pior… até que acontece.

Ver o homem que habitava as suas fantasias pessoais e literárias à sua porta e cobrando satisfação era algo que – definitivamente – Wanda nunca imaginou que aconteceria.

Mas aconteceu. Quincy Mintury estava muito irritado pelo uso indevido da imagem dele. Era a gota que faltava para tudo transbordar. Desempregada, falida, sendo obrigada a recomeçar em um estilo que não dominava… Será que valia a pena tanto perrengue para ser uma escritora, como sonhou desde sempre?

Então numa reviravolta mais inesperada ainda, Quincy se compadece dela e decide ajudá-la. O livro romântico apimentado poderia ser o passaporte para a estabilidade financeira de Wanda e guiá-lo na volta por cima. E com o apoio e a assessoria de Carina, dona do Sonhando com Livros, tudo daria certo.

“Se isso não é um sinal, o que mais seria?”

Parte da estratégia envolvia Wanda terminar o livro, tendo Carina como leitora beta e Quincy como leitor palpiteiro. Para isso, os três iriam para uma casa no interior, onde o clima mais ameno, afastado da pressão do dia a dia permitiria que o trabalho fluísse…

E realmente, ele avançou. E não apenas isso. A faísca de atração que havia ali, ganhou corpo e mãos e se tornou uma tentação difícil demais de ser controlada. A partir disso, temos os dois lidando com a situação e as próprias dúvidas e inseguranças, além de outros fatores externos.

A Silvana mostra que escrever vai além de colocar uma palavra ao lado da outra e esperar que faça sentido. Fazer algo com conteúdo que emocione as pessoas é complicado em tempo de excesso de informação e muita gente se achando demais sem ter motivo para isso.

Quem convive neste universo percebe muitas coisas que estão nas entrelinhas ou nem tanto assim da rotina do universo literário. Os perrengues dos autores e autoras independentes para conseguir um lugar ao sol. As estratégias para descobrir o que interessa ao público e se sobressair. E claro, o deboche dos “não tão entendidos assim” – “mas você lê isso?”. Ah claro e a imprensa me fazendo passar vergonha. Eu juro que não sou como a maior parte daquelas criaturas descritas no livro da Silvana, mas, sim, elas existem.

Parceria, cumplicidade, problemas, reviravoltas. Às vezes, o nosso caminho tem umas curvas que nos levam para o nosso destino, mesmo que ele não seja exatamente o que imaginamos. E a viagem pode ter percalços, mas quem te garante que não vai valer a pena?

– Links: Goodreads autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta