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O rascunho do amor – Emily Wibberley e Austin Siegemund-Broka – Cap. 1913

Ciao!!!

Disponível na Amazon

Vamos falar sobre um livro que não te entrega facilmente o que você quer saber? E que você tece teorias e, provavelmente, não vai acertar.

Convenhamos, no Dia do(a) Escritor(a), me pareceu a escolha perfeita!

O rascunho do amor – Emily Wibberley e Austin Siegemund-Broka – Arqueiro
(The Roughest Draft – 2022)
Personagens: Katrina Freeling e Nathan Van Huysen

Katrina e Nathan escreveram juntos um livro que foi um enorme sucesso. No entanto, logo após, ela nunca mais escreveu e ele não conseguiu ser bem-sucedido na carreira solo. Por circunstâncias alheias à vontade de ambos, eles deveriam cumprir o contrato e escrever mais um livro juntos. Mas como criar algo em comum com tantas coisas pendendo e pesando entre os dois?

Impasse

O livro não é narrado cronologicamente. Ele tem capítulos em épocas diferentes, que trazem algumas coisas que aconteceram antes, oferecendo um contraponto com o momento atual deles. Afinal de contas, era um mistério porque a dupla que tinha escrito um romance tão tocante e profundo tenha se afastado de forma tão brusca, em termos tão doídos e nunca contaram o real motivo.

Só que os livros solo de Nathan não venderam o esperado. Katrina passou anos escondida. Agora por força de pressões externas – a editora, o noivo de Katrina, o futuro da carreira de Nathan – eles são obrigados a escreverem o próximo livro.

E é previsível que a situação não será fácil. Tem muita coisa entre eles, que nós não sabemos. Muita intensidade, muita mágoa, muito rancor. Não será fácil estabelecer o ponto de partida e seguir em frente.

“Baseado” em fatos

Confesso que deu uma certa angústia presenciar a forma como Nathan trata Katrina nos capítulos iniciais. Eu já estava pensando profundamente em xingá-lo de todas as formas.

Sim, eu não sabia nem um milésimo da treta, mas já estava me solidarizando com Katrina. A vida dela após o sucesso não foi fácil. Ela ficou presa em uma série de sentimentos ruins, causando dúvidas sobre a qualidade e o valor do trabalho dela. Para agravar, estava noiva de Chris, o que tinha sido agente dela e de Nathan. Com o rompimento da dupla, eles se aproximaram e se tornaram algo a mais.

Há muito rancor, muita provocação, muita indireta proposital para doer mesmo. Confesso que fiquei pensando o que seria do livro que eles estavam escrevendo, sobre o fim do amor e o divórcio de um casal.

A situação chega a um ponto onde a única alternativa foi estabelecer uma trégua em prol da obrigação deste livro ficar pronto.

A dor da escrita

“Acho que é uma parte inerente a mim. Ler e amar livros são minhas impressões digitais. Não importa quanto eu mude, isso será sempre igual, um lembrete perene de quem realmente sou.”

Quem pensa que escrever é fácil, pode repensar. Não tem fórmula quando você está tentando transmitir seus sentimentos com as suas palavras. Nada parece bom o suficiente. Eu sinto isso quando escrevo minhas reportagens ou mesmo as resenhas aqui para o blog. Não são comuns as vezes que algo simplesmente parece tão certo que as palavras brotam. Geralmente há muita escrita, reescrita, apaga daqui, acerta dali para ver se é possível chegar a algum resultado.

O livro mostra toda a dor dos escritores na criação, agravada pela dor e por tudo que há entre eles. Ainda mais porque eles precisam resolver a história e as pendências. A escrita ajuda a organizar os pensamentos e a colocá-los para fora. E Katrina e Nathan vão perceber a raiz dos problemas e ponderar se é possível solucioná-los.

Não é uma história de amor, pelo menos, não como você esperaria. Nem uma história de ódio. E uma história sobre aquele espaço intermediário onde promessas não foram cumpridas e o “e se” alimenta uma culpa extremamente corrosiva.

Tem saída? Tem.
É fácil? Óbvio que não.
Vale a pena ler? Vale. É bem interessante explorar caminhos que eu não imaginei que percorreria com um livro. Talvez seja para você também.

– Links: site dos autores; Skoob.

Arrivederci!!!

Beta

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