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Cap. 676 – Flores do Desejo – Emma Darcy & Kim Lawrence

Imagem retirada do site Romances em Ebook

Duas mulheres envolvidas em relacionamentos com milionários complicados – não importa o lugar do mundo, há sempre almas no conflito entre o que ela pensa ser o amor e a capacidade do moço em negar a existência de sentimentos. Obviamente, este Jéssica reúne histórias sobre recomeços, mudanças de idéia e de planos e algumas lágrimas e sacrifícios até o final feliz…

Semente do Amor – Emma Darcy – Jessica 2 Histórias edição especial 71
(The billionaire’s captive bride – 2007 – Mills & Boon Modern Romance)
Personagens: Erin Lavelle e Peter Ramsey

Será que é ela? O bilionário ficou encantado com a professora do jardim de infância e fez uma pausa em sua rotina para seguir o grupo até o parque onde a ouviu contar uma história. E interveio quando um pai desesperado assustou ao grupo. No entanto, o que surpreendeu Peter foi perceber que ela não o reconhe-ceu… Será que é ele? A escritora se assustou ao ver aquele homem bonito e poderoso intervindo em um problema que não lhe dizia respeito e controlando uma situação potencialmente complicada. Dali para o começarem a se conhecerem foi um passo, que levou a outros passos… até a parada obrigatória: os dois se viam tão idealizados, que não perceberam quem era o outro de verdade. E o conflito poderia colocar fim a um possível conto de fadas real.

Comentários:

– A resenha sobre este livro está em um post sobre Os Irmãos Ramsey, de Emma Darcy. Ele é sequência da história Doce Pecado que foi lançada depois (!!!) no Jessica Especial 2 Histórias ed. 88 (nem reclamo, ao menos, foi lançado). Não foram identificados como série. Só percebi pelo fato do mesmo sobrenome e mesma autora… 😀

Sopro de vida – Kim Lawrence – Jessica 2 Histórias edição especial 71
(Pregnant by the greek tycoon – 2005 – Mills & Boon Modern Romance)
Personagens: Georgette “Georgie” Kemp e Angolos Constantine

Anos antes, Angolos tinha duas convicções: Georgie o havia traído e o filho que ela dizia esperar era de outro porque ele nunca poderia gerar uma criança. Por isso, ele a expulsara de sua vida. Agora seu amigo de confiança trazia outra informação: o pequeno Nicky era dele – não havia como negar a paternidade. An-golos viajou para a Inglaterra para confirmar que o amigo estava errado e viu suas certezas começarem a desmoronar: Nicky era uma miniatura sua. Agora, só tinha uma saída: retomar o casamento e dar um pai ao filho. Só que Angolos estava pelo menos três anos atrasado e Georgie tinha motivos de sobra para não facilitar a vida dele…

Comentários:

– Não há limites para a cara de pau. Foi meu primeiro pensamento enquanto lia as reações do mocinho grego onipotente, onipresente e onisciente do momento. Angolos e Georgie se casaram num rompante. Ele estava magoado com o final do relacionamento anterior e a atração entre eles foi explosiva, só que ele era honrado demais para dormir com virgens. Depois de casados, Angolos a deixou com a família dele, que obviamente não a aceitou. A gota d’ água foi a gravidez – assim que informou ao marido, foi despachada de volta para a Inglaterra como um “objeto indesejável” e exorcizada pelo marido que não queria a ela nem seu filho.

– Bastou comprovar que o amigo Paul dizia a verdade – Nicky era um miniAngolos na aparência – para ele decidir que era hora de ela voltar para a família. Provavelmente, imaginou que um pedido de desculpas faria a diferença e ele seria aceito com bandinha e pétalas de rosas. Er… não foi.

– As crianças precisam receber limites. Assim elas se sentem seguras.
– Ouvir você ficar dando palpite sobre a segurança de Nicky é… – Ela engoliu as palavras que queria na verdade gritar e bateu com os punhos contra o peito. Sua voz se transformou em um sussurro carregado de desprezo – Você perdeu qualquer direito que poderia ter de criticar a maneira como eu crio o meu filho, pois você, na prática, o renegou.
Para Angolos, aquilo foi como se ela tivesse lhe dado um soco.
– Eu jamais renegaria meu filho de propósito – Havia sinceridade na voz baixa e impassível. Os olhos perplexos fitavam os dela.
– Quer dizer que você o renegou acidentalmente, e então está tudo bem? – Ela foi até a porta e abriu – Imagino que você estava só de passagem, então pode seguir seu caminho.
– Quer que eu vá embora?
Georgie o encarou com expressão pétrea.
– Só tem uma coisa que eu quero mais do que isso: que você seja seqüestrado por extraterrestres. Mas, como sou realista, fico satisfeita se você apenas for embora.
– Precisamos conversar.
(…)
– Eu não preciso conversar.
– Então ouça.
Georgie fechou os olhos, enfiou os dedos nos ouvidos e começou a cantarolar qualquer coisa entre dentes.
– Quer dizer que você ainda não cresceu.
Os olhos inflamados de Georgie fitaram o rosto altivo daquele homem que estava lhe agarrando os pulsos.
– Eu? Não sou eu quem se livra de um relacionamento que nem um pirralho mimado se livra de um brinquedo do qual se cansou.
Angolos ficou chocado.
– O que você disse?
– Em linguagem mais clara, o que estou dizendo é: vá para o inferno! Saia da minha casa e da minha… Eu odeio e desprezo você! (pág 198 a 200)

Ela o expulsa de casa – obviamente ele não sai, porque descobriu a pólvora e a América ao mesmo tempo:

– Ele é meu filho.
– E daí…?
Ele soltou o carrinho dentro de uma caixa cheia de brinquedos e levou a mão à testa para esfregar os cenho franzidos. Continuava distraído.
– Eu tenho um filho.
– Você fala como se isso fosse alguma novidade, Angolos. – zombou ela – Você tem um filho de 3 anos e não me lembro de ter visto você ficar louco pra ver o garoto. Não foi capaz nem de um car… cartão de aniversário. – Abaixou os olhos rapidamente ao sentir o calor das lágrimas que não deixou cair.
– Pensei que meus advogados tivessem deixado claro que, se o dinheiro depositado mensalmente não fosse o bastante, era só…
– Você acha mesmo que eu iria tocar em um centavo do seu dinheiro?
Angolos retorceu os lábios.
– Você acha que eu vou acreditar que você não usou o dinheiro?
– Nunca quis o seu dinheiro! Eu queria… – Estancou, confusa, o rosto cada vez mais corado. – Se eu me importasse com o que você acha, lhe mostraria um extrato bancário.
– Se não usou o dinheiro, como se sustentou? – perguntou ele, desconfiado – Ou devo lhe perguntar quem está lhe sustentando?
Georgie sibilou, ultrajada. Se Angolos pensava que ela contava com tempo para vida social… Muito menos para um namorado. Ele não fazia idéia do esforço que era criar uma criança sozinha e trabalhar duro em tempo integral. Mas, também, quem sabe fosse melhor assim mesmo? Ela preferia que Angolos achasse que ela possuía uma vida pessoal agitada.
– Tenho feito o que a maioria das pessoas faz. Eu trabalho.
– Você… Trabalhando?
– Sim, eu, trabalhando. Estudava para ser professora quando você me conheceu, caso não se lembre.
– É, mas parece que não tinha vocação, pois largou sem pensar duas vezes. (pág 202 e 203)

Calma que tem mais!

– Mas não perca seu tempo, porque eu não perdi o meu. – A não ser pelas noites infinitas que perdeu chorando antes de dormir. – Voltei para a faculdade assim que Nicky nasceu.
– O bebê precisa da mãe.
– Isso sempre foi o que eu mais gostei em você: sua capacidade de me dar apoio.
A expressão de perplexidade dele a divertiu por um segundo e ela se sentiu como se fosse mesmo a mulher poderosa que gostaria de parecer para ele.
– Para seu governo, Nick tem mãe, o que ele não tem é pai. – rebateu ela, e teve o prazer de ver a cor sumir do rosto de Angolos.
Parecia até que ele tinha consciência de ter se comportado como um rato desprezível.
– Eu não reneguei meu filho! – reagiu Angolos, com as narinas infladas e os olhos faiscando.
Georgie levantou uma sobrancelha, irônica e, ao menos por fora, imune às ondas de emoção que ele estava projetando. Foi-se o tempo em que ela se deixava levar pelos humores dele.
– Eu e você entendemos a palavra “renegar” de maneira bem diferente. (pág. 203 e 204)

– Mais um herói daqueles, doido pra acusar a partir das provas que ele pensa ter. Por sorte, esta heroína da Kim Lawrence rebate as tentativas dele de culpá-la por uma decisão que tanto ela quanto o bebê foram vítimas. Angolos não teve coragem de contar para a esposa por que não poderia ter filhos, porque tinha medo de ser visto como “menos homem” (algo percebido na conversa com o amigo médico, quando há o comentário dele ter recusado acompanhamento psicológico) e por fim descobre que tudo se resume a um ciúme doentio que ele tinha da esposa, que nunca permitia que ele visse de verdade o outro lado. E quando todos os detalhes da imaginação sórdida de Angolos são revelados, acontece, pra variar, aquele perdão relâmpago, demonstração de grandeza de sentimentos e paz espiritual que só o amor permite. (Acho que todo mundo já sabe o que eu penso a respeito disso, né? Então vou tocar o barco pra não fica repetitivo.) Mas o que me consola é que o vingador prepotente foi castigado: perdeu três preciosos anos de convivên-cia com o filho que ele tinha certeza de não poder conceber e por mais que compensasse Georgie e Nicky dali pra frente, nem toda a fortuna dele poderia trazer estes três anos de volta. Sinceramente, bem feito!

Bacci!!!

Beta

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