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Cap. 707 – Como esta estrela veio parar no meu peito – Rafael Casé

Ciao!!!


Bem,
quem frequenta o Literatura de Mulherzinha sabe que adoro esportes, acompanho
futebol a perder de vista e sou torcedora declarada do Botafogo. Comprei esse
livro em janeiro (durante a farra pós-Natalina na livraria), pensando nos meus
estudos acadêmicos e em aumentar a minha biblioteca temática. E já que hoje é

Dia do Botafogo
no Rio de Janeiro (homenagem ao grande Nilton Santos, o
melhor lateral-esquerdo de todos os tempos), eis a minha homenagem ao meu
clube.
Como esta estrela veio parar
no meu peito: os 70 anos da fusão do Botafogo – Rafael Casé
(2012 – editora Maquinária)
Para
quem quiser conhecer mais sobre o Botafogo, Rafael Casé foi pesquisar sobre um
episódio crucial na história do clube, mas que geralmente é mencionado en
passant
em outros livros e cronologias: a união do Clube de Regatas e do Clube
de Futebol. Sim, durante um bom tempo, houve dois Botafogos – em convivência no
Rio de Janeiro.
Para
situar a história, o autor conta a origem de ambos os clubes, traça um resumo
de como era a época e da chegada do futebol ao país (excelente ponto de partida
para quem nunca leu antes e uma boa lembrança para quem já leu outros livros).
Ele lembra brevemente os nomes envolvidos no início da modalidade no Brasil, a
forma como refletia os costumes da sociedade da época (roupas, códigos de
condutas, discriminação racial e social, numa tentativa de restringir a prática
às classes mais altas).
Em
12 de agosto de 1942, aconteceu a partida entre as equipes do Botafogo Regatas
e do Botafogo Football, válida pelo Campeonato Carioca de basquete. Durante o
jogo, o atleta Armando Albano passou mal. Ele foi socorrido, mas não resistiu.
De acordo com o livro, não se sabe, com certeza, até hoje, a causa da morte. O
autor dedica um capítulo à biografia do atleta, contando sobre a carreira e a
família. E ainda como que a viúva e o filho de 4 anos foram amparados pelo
clube (o que, infelizmente, nem sempre acontece por aí). E a morte causou uma
comoção enorme no Rio de Janeiro, no país e até no exterior. E mais
especialmente, entre as duas casas do Botafogo e se tornou o estopim para a
união delas. Não foi imediatamente, houve negociações, ajustes e concessões,
até que finalmente foi efetivada. O mais interessante foi que a equipe de
futebol adotou o símbolo da equipe de regatas: a estrela solitária, que é na
verdade a Estrela D’Alva, Vênus, a luz que os atletas sempre viam no céu ainda
escuro, quando saíam cedo para remar. Luz sobre a sombra. Algo que reforça o
aspecto místico e romântico que o clube fundado por adolescentes no Largo dos
Leões carrega até hoje.
É
um livro fininho – 143 páginas – leitura obrigatória para botafoguenses
curiosos e estudiosos do futebol e uma boa leitura para quem gosta de entender
fatos pouco explorados da modalidade que, reza a lenda, ainda é cartão de
visita de nosso país para o mundo. O meu já foi para a prateleira
Botafogo/Acadêmica da minha estante. E que venha o próximo 🙂
– Outros links: siteda editora;
Lancenet
;
Terra
 e uma matéria do Fox Sports. 
– Outros posts temáticos
sobre o Botafogo no Literatura de Mulherzinha:
* A pedido da Barbara, fiz o
Diário das Minhas Maluquices Alvinegras: Episódio #5
;
Episódio #4;
Episódios #3 e #2 e Episódio #1.
Houve também o momento de idolatria por meu “marido”:
Soy loca, muy loca por ti, Sebastian.
E ainda tem dicas de livros
Os dez maisdo Botafogo e o 21 depois de 21.
Bacci!!!
Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Ah, adorei sua explicação sobre essa estrela solitária de seu escudo. Bastante lindo. Bastante romântico. Botafogo nascendo no Largo de Leões … Lindo !

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