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Inferno – Dan Brown – Cap. 725

Ciao!!!
 
 
 
 
Todos sabem que eu gosto do personagem Robert Landgon, protagonista do arrasa-quarteirão Código da Vinci. Aí a nova epopeia tem como ponto de partida Florença. Muita maldade, né?
 
Antes, uma dica (a essa altura, pode ser tarde para alguns, mas ajudar outros) que deu certo comigo: quanto menos souber do livro, melhor. Tomei essa decisão quando soube do lançamento e vi que Florença seria cenário do mais novo “salve o mundo rápido, Robert”. Como sou total, absoluta e irrestritamente apaixonada pela cidade, decidi não estragar a minha leitura com nenhuma informação prévia – verdadeira ou não – sobre o que Dan Brown tivesse aprontado desta vez.

Disponível na Amazon

 
Inferno – Dan Brown – Arqueiro
(Inferno – 2013)
Personagens: Robert Langdon em perigo salvando o mundo de novo
 
Cerca trova – buscar e encontrar são os verbos que guiam Robert quando ele acorda em um hospital de Florença, sem lembranças dos últimos dias. E sabendo que tinha uma missão importante a cumprir, embora não se lembrasse do que era e do motivo. No entanto, ao perceber que alguém queria matá-lo, iniciou uma jornada onde a cada descoberta ficava evidente que as consequências seriam catastróficas.
 
Comentários:
 
– Se você já leu qualquer um dos outros livros do Dan Brown protagonizados pelo professor de Simbologia, Robert Langdon já sabe que ele é
convocado para usar todo o conhecimento em prol de uma causa que envolve a manutenção de um segredo ou a salvação do mundo, de forma metafórica ou não. Nos outros três casos, a gente acompanhou o processo desde o início – ele entrando (de forma consciente ou não) na confusão. Pois bem, para dar um frescor à fórmula (em time que está ganhando tem que ter cuidado pra mexer – pelo menos, literariamente falando), desta vez, isso não acontece: a gente embarca na história com o trem andando. Robert está ferido, em um hospital de Florença, acorda desorientado com uma amnésia parcial (não lembra nada que aconteceu recentemente) e, ao ser alvo de uma tentativa de assassinato, foge do local ajudado por uma médica, Sienna Brooks.
 
– Aqui e ali surgem vestígios do que pode ter acontecido: Robert começa a ter visões (ou seriam lampejos de memória?) onde entende que está em busca de algo, mas ele nem sonha o quê e por quê, e zero pista de porque estão tentando matá-lo. O ponto de partida nesta redescoberta é um quadro de Botticelli inspirado no Inferno, uma das três partes em que é dividida a obra de Dante Alighieri, A Divina Comédia. A partir daí, começa o pique-pega da vez e, a cada descoberta, Robert se dá conta de que a encrenca é pesada, grave e que ele tem um papel importantíssimo como aquele que vai decifrar as pistas para tentar impedir que o pior aconteça.
 
– E sabe o que é horrível? Não posso contar nada além disso. O que posso adiantar: tem muito menos momentos “ah, tá!” (minha grande ressalva em Anjos & Demônios), quebra algumas expectativas (Robert passa o livro inteiro – embora só mencione aqui e ali – com uma saudade. E por osmose, nós também), mantém outras (tem cenas/desafios comuns nas quatro histórias. Uma em especial me faz sofrer em todas elas). Tem aquele clima de interesse com a parceira da vez (embora, em entrevista, o autor disse que nunca vai passar de “clima” mesmo). Ah, para quem leu, tem algumas referências aos livros anteriores (uma me fez rir muito quando li) e tem uma tirada fenomenal envolvendo privilégios de autores de bestsellers (foi responsável por mais um momento “a louca do ponto de ônibus”: eu gargalhei). 

– Como acompanhamos o ponto de vista de Robert (na maior parte da trama), o livro começa confuso e desorientado, muitas coisas acontecendo e gente não entendendo qual é a ligação entre elas, o perigo perto demais o tempo todo. Então à medida que avança, ganha um ritmo muito bom (e mesmo as interrupções abruptas de capítulos – que tanto me irritaram em O Símbolo Perdido – aqui não me estressaram tanto. Apenas conseguiram o que o autor queria, desviar o meu foco para outro assunto) e no terço final, eu já não conseguia
parar de ler (incluindo o chilique-capslock no Twitter): tinha que terminar.
 
– Minha Florença está lá, linda, impiedosa e cruel. Cruel porque minha ligação amorosa, sentimental, de vida presente (e passada, se existir) deve-se ao meu total encantamento com o Renascimento italiano, especialmente com a vida, obra, aventura e desventuras de Leonardo da Vinci. E Florença, berço de gênios, foi implacável com eles: Dan Brown cita passagens da vida de Dante no decorrer da história. Confesso que sei muito pouco sobre Dante Alighieri – e agora, Inferno, atiçou a minha curiosidade, vou precisar de uma biografia legal (e, talvez criar vergonha na fuça e ler A Divina Comédia em italiano). Outras duas cidades também se tornam cenário da corrida contra o tempo, mas eu não vou antecipar quais são. Como disse, prefiro que vocês leiam e se divirtam.
 
– Como comentei no twitter no sábado à noite: deve virar filme e estou torcendo pra que seja com um diretor que não transforme a história e os personagens em mais uma versão dopada (como aconteceram com O Código da Vinci e Anjos & Demônios). E o motivo passa – e muito – pela parceira da vez: Sienna Brooks merece nas telas todo o destaque que tem no livro. Eu gostei muito da personagem, ela pensa muito rápido em situações de crise, o que é uma habilidade absolutamente invejável neste mundo estressante.
 
– Resumindo: é muito bom. Você tem uma aventura, uma opção de se desligar da vida e se divertir. Tornou-se meu favorito, superando até então o (delirante conjunto de “AH,TÁ”s!) Anjos & Demônios. Na verdade, eu adoro o personagem (cada vez mais me parece um alterego versão super herói do próprio autor) e adoro quando a encrenca do momento de Robert tem alguma ligação com algo que faz parte da minha vida (o Catolicismo em Anjos & Demônios, Leonardo da Vinci em O Código da Vinci e, agora, minha amada Florença em Inferno) e por isso senti muita, mas muita dificuldade com O Símbolo Perdido
 
Para encerrar, comentários nada a ver com coisa alguma:
 
– Eu achei que era a única alma que gostasse de ver VTs de jogos de futebol. E ficasse irritada quando interrompida. Sim, tem personagem com quem me identifiquei e solidarizei.
– Em um livro sobre uma ameaça de fim do mundo, mencionar um Fiorentina x Juventus não deixa de ser hilário. Para quem não sabe, rola uma antipatia das bravas entre as duas equipes – rivalidades futebolísticas.
– Aliás, coisa linda de Deus mencionar minha amada Fiorentina em um livro. Pena que veio com o contrapeso do rival. Agora, vou mandar e-mails para Dan Brown ensinando outros bons times para serem citados: Botafogo, Real Madrid, Liverpool 😉
– NÃO ESTRAGUEM OBRAS DO RENASCIMENTO ITALIANO, PELAMORDEDEUS! (Desde Anjos & Demônios repito isso desesperadamente, mas Dan Brown não me ouve!!!)
– Robert é um nome lindo, vem do anglo-saxão e significa: “nascido para a fama e a glória” ou “brilhante na glória”. Pelo visto, nome bem escolhido para um protagonista que, por bem ou mal, se torna guardião/ aquele que desvenda grandes segredos da humanidade.
 
– Da série “perguntar não ofende” (aka “inveja acadêmica): até onde vai o repertório de livros e palestras de Robert Langdon? O cara é a Nora Roberts do simbologismo: tem livro sobre tudo (aliás, quando soube de um livro dele no terço final de Inferno, pensei comigo: “Ah, para, como que esse homem escreve tanto?”). E eu adoro escrever e estudar, mas pra fazer um artigo é um drama. O Mestrado foi uma novela. Só quero saber: como ele consegue?!
 
Lembrando que a ordem dos livros é:
 
4. Inferno
5. Origem
 
– Já nos filmes, inverteram a ordem dos dois primeiros (e até fizeram a troca cronológica porque Anjos & Demônios menciona que Robert Landgon não era muito querido pelo Vaticano, quando é convocado para a confusão da vez). Diz que há expectativa de que O Símbolo Perdido seja filmado e, na entrevista ao Globo News Literatura (GRAVADA EM FLORENÇA!!! Tô indo ali me desmanchar em lágrimas e já volto) que já há contrato para Inferno. Sinceramente, chamava o Alfonso Cuáron e mandava ele se divertir com Inferno – seria um baita filme se fosse dirigido por ele. 

Minha coleção, na ordem que gostei dos livros:

 
E agora é aguardar para ver agora qual será a próxima ameaça de fim de mundo que Robert terá que enfrentar… Por que vai ter a próxima, né? Posso dar sugestão: queria ver Robert desencavando todos os simbolismos envolvendo um evento esportivo – Jogos Olímpicos seriam fenomenais e permitiriam qualquer maluquice que o autor quisesse criar, de intrigas políticas a alienígenas entre nós disfarçados de superatletas. E não deixa de ser curioso que o destino de evitar catástrofes e salvar a humanidade esteja nas mãos e no conhecimento de um professor – simbolicamente é muito legal.
 
Arrivederci!!!
 
Beta
 
ps: Hoje é dia de São João – que é padroeiro de Florença 😉  Melhor data para publicar este texto, impossível!!!

2 Comentários

  1. Simone Santiago ( Luka )

    Beta, o professor Langdon arrasa não é mesmo ?! Muitas pessoas criticaram o livro. Falaram que era mais do mesmo e tal, mas eu adorei.

    E aquele comentário no livro que fala que para autores daquele tema não tinha jatinho kkkkk Ri alto 🙂

    Bjo

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