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Origem – Dan Brown – Cap. 1408

Ciao!!!

 

 
Demorou um pouco mais que eu previa, mas finalmente consegui tempo para sentar e descobrir em qual encrenca Dan Brown colocou o professor Robert Langdon desta vez.
E caramba, Dan Brown!!!
 
Origem – Dan Brown – Editora Arqueiro
(Origin – 2017)
Personagem: Robert Langdon encrencado de novo!
 
Robert Langdon estava em Bilbao para presenciar o anúncio de Edmond Kirsch, um ex-aluno, que prometia revolucionar a forma das pessoas encararem tudo. A promessa era responder aos dois maiores questionamentos da humanidade: de onde viemos e para onde vamos. O problema é que ele foi morto ao vivo pouco antes de fazer o temido anúncio. Agora Robert, a diretora do Museu Guggenheim de Bilbao, Ambra Vidal e Winston, o secretário de Kirsch, correm contra o tempo para descobrir quem matou o futurólogo para impedir a revelação dele e tentar não se tornar alvo no caminho.
 
Comentários:
 
Bem, como já disse, basta saber que tem livro do Robert Langdon a caminho que já fico toda empolgada. Comentei isso no post sobre #VemAí e também sobre a pré-venda. E depois de passar boa parte do dia quebrando a cabeça com a mais recente encrenca onde o professor Langdon se envolve, tenho algumas considerações.
 
Como eu gosto muito do professor, li todos os livros e vi os filmes. Cheguei a uma conclusão: não convido ele nem pra festa de aniversário. O homem não pode sair de casa que se mete em problemas (isso vale para os pontos de partida de Inferno, Código da Vinci e Origem – em Anjos & Demônios a confusão vai atrás dele em Harvard e confesso que não me lembro do início de O símbolo perdido) alheios que podem causar grande impacto na humanidade. 

Aqui o autor acrescenta a isso a ligação dele com um ex-aluno genial que é morto na frente de uma enorme plateia real e virtual (o evento era transmitido pela internet). Além da curiosidade em saber o que de tão grave ele falaria para ser assassinado desta forma, Langdon se vê arrastado para a confusão para ajudar a esclarecer quem seriam o mandante e o executor.
 
Sem soltar spoiler, Dan Brown faz uma mistura usando elementos de ciência (confesso que não tenho o menor parâmetro para saber o quanto real são as citações que ele faz), religião, política, poder, fanatismo, tecnologia, fé, teorias da conspiração… 

Como sempre, interrompe os capítulos e nos leva para outros locais e personagens (mas como fiquei escolada com isso em O símbolo perdido, até que não me estressou tanto. Aliás, teve momentos em que eu preferia saber o que estava acontecendo com outros personagens do que com quem comandava a narrativa no momento). 

Vamos ter o momento Robert-passa-sufoco. Os códigos que só fazem sentido depois que alguém explica (sim, sou lesa a esse ponto). 

Os fãs das menções artísticas não precisam se desesperar. Afinal de contas, o palco principal do livro é a Espanha e o livro começa em um Museu – claro que citações a grandes nomes da arte espanhola vão aparecer ao longo da trama. 

 

Aliás, a história também é sem fronteiras. Robert e Ambra passam por Bilbao e Barcelona (preciso dizer que ele escolheu duas regiões que sonham com a autonomia do governo central. Quem acompanhou o noticiário recentemente, viu a crise política envolvendo a Catalunha). Outra parte da trama se desenrola em Madri. E há cenas em Sevilha, no Oriente Médio e na Bulgária.

 
Sobre Ambra, quanto menos você souber antes de começar a ler, melhor. Ela não será a habitual companheira de Robert e fiquei feliz em perceber que não tinha razão para existir qualquer faísca romântica entre eles (sim, ainda lamento ele não ter ficado com a Vittoria, mas Dan Brown disse que não há espaço para romance na vida do professor-que-sempre-corre-contra-o-tempo-para-salvar-o-mundo). 

No entanto, ela tem um arco bem interessante, em meio a uma crise profissional sem precedentes, enquanto enfrentava dúvidas e dilemas pessoais bem fortes.
 
Confesso que desconfiei de algo que é revelado no final, embora nunca iria adivinhar o teor da tão falada revelação de Kirsch. No entanto, o que mais me marcou foi outra revelação feita a um personagem, entremeada em dois ou três capítulos durante o desfecho. Por aquilo eu realmente não esperava (e olha que estou acostumada a esperar os momentos “AH, TÁ!”, mas esse foi mais pra “Hein?! Eu li direito?”). Se houver filme, já sei que provavelmente isso não entra no roteiro.
 
Passei boa tarde do dia me perguntando de onde o Dan Brown tira essas tramas que mexem em vespeiro (embora nos agradecimentos ele comente o trabalho de pesquisa para este livro). Novamente retoma o embate religião (em especial o catolicismo) x ciência. Fanatismo dos
dois lados. Um trecho com a explicação científica me deixou meio perdida (sou uma garota de humanas, com pouca aptidão para esta área), mas gostei da conclusão do professor Langdon diante de tudo que descobriu na trama.


E não sei o que é pior: questionar a origem de tudo (sem estar preparado para as implicações da resposta) ou, diante do que fazem algumas criaturas que se dizem humanas, onde vamos acabar.
 
Na minha opinião, meramente por motivos afetivos, não superou Inferno (Florença é minha obsessão particular), mas por dar a sensação de agilidade, sem perder o pique e por permitir que a gente pense em pontos fundamentais da nossa humanidade em meio à sopa que ele criou para esta trama, se tornou meu #2 ao lado de Anjos e Demônios.
 
Para quem não conhece ou está perdido, esta é a ordem das obras protagonizadas por Robert Langdon (e meus comentários resumidos sobre elas):
 
1 – Anjos e Demônios – apesar do festival de coisas surreais, é meu #2
2 – Código da Vinci – o best seller do autor é o meu #3
3 – O símbolo perdido – foi o livro de que menos gostei
4 – Inferno – meu favorito por motivos de: Florença
5 – Origem – empatou com Anjos & Demônios no #2
 
 
Arrivederci!!!

Beta

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