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Cap. 756 – Todo dia – David Levithan

Ciao!!!


Sim,
me apaixonei nas capas italiana (com esse azul aí, até parece que eu não veria,
né?) e espanhola (a mais diferente de todas) – imagens retiradas do
Goodreads
Seguinte,
não conhecia o estilo do David Levithan, mesmo tendo lido Will & Will
 (até agora não sei qual é o Will dele e qual
é o do John Green), portanto foi a minha primeira experiência solo do autor. E
vejam só o que aconteceu no post do mês da Maratona Feliz Desaniversário
Todo dia – David Levithan –
Galera Record
(Every
Day – 2012)
Todo
dia, A. acorda em um corpo diferente, assume por 24 horas a ações daquela
garota ou garoto. A experiência o ensinou a tentar interferir o mínimo possível
na rotina, já que, no dia seguinte, ele não estará lá para lidar com as
consequências. Até o dia em que ele conhece Rhiannon, a namorada do dono do
corpo em que ele estava, e se apaixonou por ela. E resolveu quebrar as regras
para ficar sempre por perto.
Comentários:
(Seguinte,
não sei explicar este livro. Pensei, pensei e pensei e acho que não sei falar
sobre ele).
Meu
lado lógico contestou o tempo inteiro o fato de eu não conseguir rotular o que
era A.: era uma alma, um espírito, uma energia, uma forma diferente de ser
humano? Porque a gente rotula como ser humano uma parte concreta – corpo – com
uma abstrata – alma/espírito/energia, cuja combinação resulta em um conjunto de
características específicas que definem aquele indivíduo.
(Nem
me pergunte de onde tirei isso – eu avisei que não sei explicar esse livro).
Portanto
o protagonista do livro não tem corpo, vaga de pessoa em pessoa, tendo
deslumbres de vidas diferentes a cada 24h. Quem o recebe, fica com algumas
lembranças vagas do que acontece – porque ele é cuidadoso o suficiente em não
alterar drasticamente a rotina nem os sentimentos da pessoa. Até acordar no
corpo de Justin e se apaixonar pela namorada dele, Rhiannon. Como nunca havia
vivido esse sentimento, pela primeira vez, ele luta contra a própria existência
para poder vê-la sempre.
O
livro fala sobre o primeiro amor e um primeiro amor impossível. Afinal de
contas, como é que A. vai se apresentar para Rhiannon se ele não tem um corpo
dele? Como é que vai fazer que ela acredite na história dele? Como é que ela
vai se apaixonar por ele se ele não uma presença física constante? Até que
ponto ele está disposto a interferir na rotina das pessoas para poder viver
esse amor?
Essas
são apenas algumas das perguntas que me fiz durante a leitura. As outras são
mais pessoas: a partir das vidas que A. relata – ele não escolhe onde vai
acordar e tem que se desdobrar todo dia em compreender quem é, onde está e o
que precisa fazer, a gente percebe como algumas coisas “insignificantes” são
muito preciosas para quem não as têm. Como que nesta vida a gente não tem
garantia de nada. E como que é muito fácil rotular as pessoas dentro de um
modelo e se esquecer de que elas podem ser muito mais – para melhor e para
pior. E que a gente não conhece nunca totalmente uma pessoa, ainda mais em um
mundo de relações superficiais.
é um livro em
prosa que parece poesia pura. E eu digo isso porque sempre penei nas
interpretações de poesia quando estudava: eram abstratas e pessoais (de quem escreveu)
demais para eu entender. Este livro é muito abstrato e, por isso, me confundiu
e me afetou tanto.
“Se você olhar para o centro do universo, existe
frieza lá. Um vazio. No final das contas, o universo não se importa conosco.
É por esse motivo que temos que cuidar um do outro”. (p.275)
Por
isso que é difícil falar sobre ele. Poético. Romântico. Melancólico.Ele
vai afetá-lo de alguma forma. 
Arrivederci!!!
Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Ora, esse livro daria um filme muito interessante. Talvez uma minissérie. Teria de ser um filme de três horas para colocar todas suas sutilezas lindas em pauta.

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