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Cap. 775 – Livros da Coleção Vaga-Lume: Marcos Rey (parte 2)

Ciao!!!
FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!!!







Continuando
o post sobre os livros do Marcos Rey sobre Léo, Gino e Ângela, hoje temos os
outros dois livros com as aventuras do trio improvisado de detetives. E já
adianto, a minha história favorita abre os comentários de hoje


Um cadáver ouve rádio (1983)

Um
imigrante nordestino que morava em uma obra foi assassinado e o corpo
encontrado perto de um rádio ligado. A Polícia Civil tenta entender por que
alguém mataria um sanfoneiro pobre, que ficou conhecido por fazer pequenos
serviços no Bexiga. Léo foi chamado para reconhecer o corpo, porque o Dr.
Arruda ouviu dizer que a vítima era conhecida dos Fantini. E ao saber que
Boa-vida tinha sido assassinado, Léo e Gino, com ajuda de Ângela (cuja família
também conhecia o morto), se uniram para ajudar a desvendar o caso.
Comentários:
– Eu
adoro este livro e faz muito tempo que tinha essa ideia de reler para colocar
aqui. Sei que há quem defenda que O Mistério dos Cinco Estrelas é
melhor, que a trama de O Rapto do Garoto de Ouro é mais detalhada, mas
eu acho que em Um cadáver ouve rádio, Marcos Rey consegue trazer à tona
tudo que tem de melhor nos livros anteriores e acrescentar novos elementos.
Afinal de contas, quem mataria um pobretão que vivia de bicos e de ser
sanfoneiro sem fama?

Ao contrário das histórias anteriores, onde as peças vão se encaixando, levando
o trio de detetives ao desfecho do caso, aqui eles enfrentam várias dificuldades
e várias vezes ameaçam desistir da investigação. Há peças que não fazem sentido,
eles não conseguem imaginar um motivo para o crime e a solução é entender quem
era o Boa-vida para poder descobrir quem o matou (a lógica para a solução do
crime neste livro é semelhante a de outro que eu adoro do Marcos Rey, Enigma
na Televisão
). Como era um caso que mobilizou a família, temos outros
parentes participando do andamento da investigação. Desta vez, todos eles
correm algum tipo de risco: Leo não sai impune após encontrar uma evidência com
um suspeito; Ângela passa perrengue atrás de uma pista e o final apoteótico
coloca finalmente o Gino no centro da ação. E a releitura me fez ficar tão
tensa quanto quando li a primeira vez, tamanha a capacidade do Marcos Rey em me
prender na história.

A relação entre o trio de detetives também ganha novas matizes: Léo e Ângela
continuam no “quase”, embora haja demonstrações mais que evidentes de que eles
se gostam. No entanto, é possível observar que Gino também está interessado em ângela, ao ponto de vetar a
participação dela em uma ideia arriscada do primo, sob a alegação de “não
querer colocá-la em uma situação perigosa”. Este livro destaca a amizade dos
três, apesar das diferenças e a partir de suas particularidades. Os três se
completam – esta é a celebração deste livro, na caça ao assassino do sanfoneiro.

Um rosto no computador
(1993)

O
Emperor Park Hotel estava agitado – seria a sede do concurdo “A Garota da Capa”.
Para concorrer, Camélia, uma adolescente baiana com sonhos de estrelato fugiu
de casa e se juntou à uma agência de modelos. Com um tanto do “jeitinho
brasileiro”, ela vence o concurso, mas desaparece enquanto fugia do tio que não
a queria no concurso. Leo, a quem Camélia tinha pedido ajuda quando recebeu
flores de um fã misterioso, convoca Gino e ângela
para resolver o caso.
Comentários:
– Apesar
de ter sido escrito 11 anos após a 1ª. história e 9 anos após a última,
cronologicamente, a história de Um rosto no computador se passa 1 ano após os
acontecimentos de Um cadáver ouve rádio. Léo tem 17 anos e trabalha como
chefe dos bellboys do Emperor Park
Hotel. Ele e Ângela estão namorando. O que causa uma certa estranheza na
cronologia é o fato de Gino comprar um computador, onde ele, além das
traduções, também joga xadrez. Por que isso causa estranheza? Bem, computadores
pessoais não apareceram na década de 80 no Brasil. E ainda eram muito luxo
quando Gino comprou.

Como em O mistério dos cinco estrelas, o leitor tem uma ideia do responsável
pelo sequestro. Neste caso, quem lê é informado dos planos do sequestrador e,
ao mesmo tempo, acompanha a investigação do trio para descobrir quem era. Da
mesma forma que em O Rapto do Garoto de Ouro, a gente também acompanha
as reações da vítima do sequestro. E ainda como em Um cadáver ouve rádio,
o culpado estava por perto para acompanhar o andamento das investigações. Mesmo
assim, eu acho essa a trama mais fraca das quatro. Ou talvez seja a cisma
causada pelo rancor/tristeza de ser o último livro com os personagens.

Aqui fica gritante que Gino também se apaixonou por Ângela, mas nem ela nem Léo
percebem isso. (Ok, eu admito, é outro motivo de eu não gostar da trama – Gino é
tão legal, merecia gostar de alguém que o correspondesse.) E a bela Ângela
(descrita assim em todos os livros) também exerce papel fundamental no
desenrolar da trama (segundo ela, estava com saudades das investigações do
trio) junto de Leo. Gino, como sempre, monta o quebra-cabeça com as peças
encontradas pelos amigos. Enfim, esta foi a despedida dos personagens. E eu
gosto de imaginar que o Léo se tornou um funcionário de alto escalão no hotel;
Ângela fez algo que a deixasse feliz e Gino se tornou arquiteto e começou a
remover todos os degraus do caminho dele e de outros cadeirantes.

Linkitos: recomendo uma análise muito boa sobre os três protagonistas desta
série, escrita por Guilherme Cunha para a comunidade Pirralhos que liam Marcos Rey no Orkut
sobre
o autor no site da Editora Ática
 e site oficial do Marcos Rey.
No LdM, há informações sobre
dois destes livros se tornarem filmes,
o post sobre a
Coleção Vaga-Lume,
post
sobre leitura e dia das crianças e a lista de algumas das minhas lembranças literárias.
Bacci!!!
Beta

3 Comentários

  1. Andrea Jaguaribe

    Ah, Beta!!!!

    Mais uma vez mexendo com o meu emocional com a Coleção Vaga Lume!!!!

    Parabéns pelo novo lay out do blog. Tá lindão demais e todo azul!!!!!

    Amei!!!!!

    Bjs!

  2. Andrea Jaguaribe

    Ah, Beta!!!!

    Mais uma vez mexendo com o meu emocional com a Coleção Vaga Lume!!!!

    Parabéns pelo novo lay out do blog. Tá lindão demais e todo azul!!!!!

    Amei!!!!!

    Bjs!

  3. Sil de Polaris

    Oh, eu não li estes dois livros de Marcos Rey também. Como eu disse: eu não sentia interesse por mistério e suspense quando era uma leitora mirim. Mas concordo ser uma pena não haver mais livros com este trio de detetives improvisados como personagens.

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