Menu fechado

Cap. 903 – Proposta Inconveniente – Patricia Cabot

Ciao!!!


Depois
de quatro dias – um com ele ao meu lado enquanto tentava inventar tempo e nos
demais, andando com ele para lá e para cá e lendo apenas 28 míseras páginas –
estabeleci que, assim que parasse em casa
, este livro seria minha
prioridade. Após a rodada da Copa do Mundo, cuidei de cumprir a meta. Bem, mais
que a meta. A minha ideia era ler até a metade.
Aham.
Quando #madrehooligan percebeu que eu estava acordada, era quase 1h da madrugada. E faltavam
só cinco páginas. Exato. Um típico: “vou ler mais um pouquinho” e quando
percebe  “ih, cabô?!”

Proposta Inconveniente – Patricia Cabot – Record
(An improper proposal – 1999)

Personagens:
Payton Dixon e Connor Drake
Payton
não era como as outras damas inglesas em 1830. Prestes a completar 19 anos, ela
não entendia nada de vestidos, espartilhos e afazeres domésticos, mas sabia
tudo sobre navegação e o maior sonho era ganhar o mais novo e rápido navio da
família de presente de aniversário. No entanto, graças à cunhada, todos
passaram a perceber que ela era uma garota, portanto, nada de vida no mar e sim
na sociedade, para ser a futura esposa de um barão ou visconde. Como a maré não
estava boa, para agravar, o homem que ela amava, Connor Drake, estava para se
casar com outra… Para azar de tudo contra ela, Payton não era do tipo que
ficava sentada chorando pitangas. Era capaz de encontrar uma solução. Mesmo que,
para isso, aumentasse só um pouquinho a confusão.
Comentários:
– Adoro
livros históricos com personagens que fogem do padrão da época narrada. Adoro
livros que tenham navios (embora não me coloque em um, porque não dá certo). Adoro
heroínas, como diz #madrehooligan, “da pá virada”, que não esperam o salvador. Ok,
que tem casos (e aqui há um episódio – um só – graças a Deus) em que a criatura
faz o que não deve e acaba irritando todos os demais personagens e os leitores
por tabela. Quando essa personalidade independente e vibrante é escrita na dose
certa, rende livros como Proposta inconveniente, que me levam a fazer
leitura sem parar.

Payton cresceu sem a orientação de uma mãe, portanto foi tratada como mais uma
pelos quatro irmãos mais velhos e pelo pai. A família é dona de uma empresa de
navegação e todos eles iam para o mar. Todos. Ela cresceu aprendendo e se
tornando uma excelente marinheira, tão boa quanto os irmãos. Só que
infelizmente (para ela) duas coisas aconteceram: a chegada da cunhada,
Georgiana foi a primeira. A segunda foi que só Georgiana, horrorizada, percebeu
que Payton era uma garota e precisava agir como tal. O que significava uma vida
“normal”, vestidos, espartilhos, bom modo e arrumar um marido. E essa percepção
trouxe mais um problema. O único homem de quem ela gostava, o amigo da família
Connor Drake, estava para se casar com outra. E ainda por cima ganhou de
presente o navio e o respeito na companhia da família que Payton tanto queria.

Claro que a única evidência contra o casamento é descoberta por Payton. O que
ela fará com essa informação faz o livro avançar para a segunda etapa da
história. Nesta etapa, o leitor – e os personagens – começa a entender vários
detalhes da trama em meio ao caos em torno da vida deles, especialmente, do
casal protagonista. E eu não posso contar mais que isso.

Adoro o estilo da autora. É uma narrativa leve, bem-humorada, que te captura. Gosto
de heroínas que não ficam “alguém me salve!”, que vão atrás do que querem. E que
não tem vergonha de dizer o que querem – especialmente os homens que não reconhecem
algumas coisas à primeira vista. Payton tem isso tudo, é esperta, inteligente. Embora
os padrões da sociedade inglesa no século 19 a confundam, porque não está
acostumada com isso, ela é ótima sendo quem é e não se permitindo ser
conformada pelo que todos acham que ela deveria ser. E tentando resolver,
aumentando a confusão e solucionando problemas, é ela a alma deste livro. Fiquei
tão empolgada que achei que teria a história dos irmãos, mas não encontrei. Uma
pena, adoraria ver todos os rapazes Dixon solteiros se rendendo ao amor.
Bacci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Ok, eu admito francamente que eu fiquei muitíssimo curiosa a respeito desse romance, com um enredo tão criativo e uma personagem feminina tão interessante, pois é enraivecedor mesmo quando uma heroína não faz juz ao título, esperando pelo socorro de um homem como se ela não pudesse tomar uma atitude diferente de chorar para resolver seus problemas por estar em apuros. Sem feminismo mesmo !

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *