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Cap. 1039 – Nick & Norah: uma noite de amor e música – Rachel Cohn e David Levithan

Ciao!!!

Ok, eu confesso: virei leitora-tiete de tudo que o
David Levithan escreve. Dos livros metafóricos, dos descaradamente românticos e
das parcerias com outros autores. Não tinha esperanças de encontrar este livro,
mas um dia, perto do meu aniversário, topei com ele. E como aprendi a não
deixar as oportunidades escaparem, comprei e tratei de acrescentar na minha
extensa lista de “para ler”. Aí, ele deu um jeito de furar a fila. Por isso,
está aqui.
Nick
& Norah: uma noite de amor e música – Rachel Cohn e David Levithan – Galera
Record
(Nick & Norah’s infinite playlist – 2006)
Personagens: Norah Silverberg e Nick O’Leary
Norah e Nick se conheceram meio por acaso. Norah
sabia sobre Nick. Nick nunca a tinha visto antes. Ambos se viram após um show
da banda dele. Então uma decisão impulsiva o fez pedir para ela ser namorada
dele por cinco minutos. Isso rendeu uma noite inteira por bares, ruas e pontos de Nova York para exorcismo de ex,
traumas, conversas, músicas, confusões, encontros, desencontros e reencontros.
Comentários:
– Nick era apaixonado por Tris que o havia
dispensado. Ele ainda estava na fossa durante a apresentação da banda queercore
onde era o baixista não-gay. Naquela noite que ele não sabia, mas não teria
fim. Ao perceber a ex-namorada (com o novo acompanhante) no mesmo local teve um
rompante de pedir a uma garota para fingir ser sua namorada por 5 minutos, só
para não passar recibo de que ainda estava sofrendo por Tris.
– Nick não tinha como prever, mas Norah, de certa
forma, já o conhecia, de tanto ouvir as composições e músicas que ele fez para
ela. Só não sabia que ele era ele quando aceitou ser a namorada por cinco
minutos e logo de cara foi beijada. Mas foi o beijo. Tris foi quem se
encarregou de apresentá-los ao perguntar de onde eles se conheciam (afinal de
contas, elas estudavam no mesmo colégio e a garota nunca levou o namorado lá,
só exibia com desdém – na visão de Norah – as composições das quais era musa
inspiradora e que deixavam as outras alunas com vontade de conhecer um garoto
assim). A vida dela também estava turbulenta. Após rever o namorado que a dispensou
meses antes e a fez tomar algumas decisões recentes e (que ela subitamente
percebeu serem) muito estúpidas, Norah queria esquecer. E Nick surgiu na vida
dela estendendo a mão para uma saída, uma opção, nem que fosse pelas horas
seguintes.
– Com narrações alternadas entre Nick (David
Levithan) e Norah (Rachel Cohn), várias referências a músicas e bandas, temos
uma jornada entre noite, madrugada e manhã seguinte de dois adolescentes que,
cada qual a sua maneira, enfrenta uma encruzilhada. Nick é o romântico, que
sonha com um amor, carreira na música e ainda está naquele luto de fim de
relacionamento, com aquele fiapo de esperança de reconquistar a garota e um
tanto desorientado por ainda não conseguir enxergar a “vida após a Tris”.
– Norah disfarça a insegurança de um relacionamento
onde ela era muito dependente da opinião do parceiro para a afirmação pessoal. Tanto
que estava abrindo mão de decisões importantes para o próprio futuro porque
ainda queria manter um resquício de ligação com o ex. Mas o reencontro surpresa
a fez encarar e assumir que era uma canoa furada. Por isso, investir neste “algo
escapatório” com Nick pareceu uma boa solução. Até as complicações trazidas
pela insegurança dela, falta de confiança dele, as habituais confusões da idade
e alguma bebida durante a noite ampliarem os lados bom e ruim a ponto de
forçá-la a entender o que realmente queria, rever opiniões sobre as pessoas e
enfim, dar um rumo à vida.
– Houve momentos fofos, momentos irritantes,
momentos em que achei Norah arrogante e cínica demais, ou que Nick pareceu
excessivamente tolo e sentimental. No entanto, atire a primeira pedra quem
nunca (especialmente aqueles que já não tem mais a desculpa do “viver a fase de
incertezas da adolescência”) enfrentou estes altos e baixos da vida. Foi só uma
noite, mas foi a noite que redefiniu Nick e Norah. Vale a pena ler – mesmo que
seja para reconhecer o quanto você já um deles algum dia. 
Ah, os agradecimentos musicais são ótimos!!!!
– A partir do livro foi feito um filme (inclusive é
a capa do meu livro), com o Michael Cera como Nick e a Kat Dennings (a falante
Darcy dos filmes do Thor e que, dizem as más línguas, teve um breve
relacionamento com o Tom Hiddleston *sim, inveja detected mode on turbo*) como a
Norah. (Trailer aqui) Ainda não vi. Porque na vez em que percebi que estava passando no canal
por assinatura, era em um canal dublado, sem tecla SAP. No dia que conseguir a
versão legendada, assisto e comento aqui.
Arrivederci!!!
Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Oh, eu teria prazer em assistir esse filme, em uma sessão de tarde, sem compromissos. Principalmente se houver uma esperança de que ambos estendam sua noite para muitos dias. Namoro foi algo que não existiu em minha adolescência. Eu era muito jovem para entendê-lo quando eu pensava em namoro e muito sem interesse nesse assunto quando recusei três pretendentes, vistos como invasão de espaço pessoal.

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