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Partidas e Chegadas – Trish Doller – Cap. 1824

Ciao!

Em 2020, este livro foi tema de um #VemAí sobre o anúncio da publicação no Brasil pela Faro Editorial. O lançamento foi em novembro do ano passado.

E agora, ele desembarca no Literatura de Mulherzinha. Se você quiser ler, está disponível na Amazon.

Partidas e Chegadas – Trish Doller – Faro Editorial

(Float Plan – 2020)
Personagens: Anna Beck, Keane Sullivan e o processo de luto

Dez meses e seis dias. Foi neste dia, perto do feriado de Ações de Graças, que Anna Beck fez as malas e embarcou no Alberg para a viagem planejada pelo noivo, Ben. Só que ele morreu e ela decidiu ir sozinha, contra a vontade das famílias dela e dele, contra o medo que sentia, contra a inexperiência no comando do barco no mar do Caribe.

O caminho dela cruzou com o de Keane Sullivan, que também passou por um trauma e nunca mais seria o mesmo. E a viagem compartilhada vai mostrar novos caminhos aos dois.

Algumas vezes você precisa se perder para encontrar o caminho

Float Plan Trish Doller capa original

Todo mundo enfrenta perdas de pessoas amadas ao longo da vida. Não adianta fugir. Em algum momento acontecerão. Para algumas, haverá a preparação possível. Outras serão precoces ou inesperadas e abruptas.

Anna passou por isso. Ao tomar a decisão de viajar até Trinidad, fazendo o roteiro sonhado por Ben. Tornar esse plano realidade, diante de todos os outros que desmoronaram, também era uma forma de fugir.

Fugir da dor que sentia, da pena que percebia que os outros sentiam dela, da incompreensão da família, da raiva da família dele, da forma como a vida não tinha mais nenhum atrativo para ela.

No oceano, ela estaria longe de tudo isso. No desejo de embarcar, Anna se esqueceu de que não estaria longe de si mesma. E isso pode ser uma bênção ou uma maldição, porque nem tudo se resolve em um passe de mágica.

“Se você continua se movendo, todas as maravilhas permanecem”

Keane Sullivan também precisava encontrar um novo significado para a vida. Estava cansado de ser recusado pela impressão errônea das pessoas a respeito dele, que colaram o rótulo capacitista de que ele não teria condições de ser o mesmo marinheiro de antes.

Em Bimini, encontrou uma jovem mulher precisando de ajuda e nem hesitou em socorrê-la. No dia seguinte, passado o constrangimento, conseguiu convencê-la de que era muito capaz de ajudá-la a concluir a jornada planejada por Ben.

Ela decide confiar em dividir o espaço do Alberg com um completo estranho. Por mais simpático, gentil e engraçado que Keane fosse, era esquisito ver outro homem no mesmo barco onde havia tantas lembranças de Ben, o motivo inicial daquela viagem. E quando entra este elemento imprevisto na rota, as coisas não serão as mesmas.

Keane não era Ben, nem tinha essa pretensão e isso poderia ajudar Anna a entender que o ritmo da vida prossegue após a ruptura que ela viveu. Ele mostra para ela outras rotas possíveis, compartilha experiências de viagens anteriores e enfrenta os próprios fantasmas de não ser mais aceito como marinheiro por nenhuma embarcação.

– (…) Não vou estar com você sempre. A única maneira de você aprender é fazendo.

– O que acontece se eu bater no recife?

– A mesma coisa que vai acontecer se eu bater no recife – Keane diz. – É inútil especular o que pode acontecer. O que precisamos agora é não deixar o medo nos controlar. Então, vou para a proa procurar pelas cabeças de corais e te guiar.

Anna não embarcou disposta a fazer um cursinho de vida. Queria apenas esquecer. Encontrou mais do que esperava, viu as feridas entorpecerem, doerem, sangrarem. Cometeu erros. Mudou de ideia. Estranhou o que não correspondeu às expectativas. Teve medo. Sofreu. Explodiu. Mas o processo de cura é assim mesmo. Não é mágico.

O livro aborda mais que a viagem ou a forma como Anna e Keane vão se relacionar ou não. É o relato de como Anna e mesmo Keane encontraram dentro de si mesmo, nos piores momentos, o caminho para seguir em frente. Não precisa esquecer ou abandonar o que houve ou o que fez, mas dar a este sentimento o lugar que merece em sua história e estar disposto a escrever novas páginas. Se é o tipo de história que você está procurando ou gosta de ler, fica a dica.

Ah, descobri que é o primeiro de um dueto. Rachel, a irmã de Anna, é citada algumas vezes na história. E tem o livro dela. Ainda não foi lançado no Brasil. Espero que seja.

Beck Sisters Serie (Série das Irmãs Beck)

  • Float Plan – Chegadas e Partidas
  • The Suite Spot – a história de Rachel Beck

– Links: Goodreads livro e autora; site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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