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A coragem de não agradar – Ichiro Kishimi e Fumitake Koga – Cap. 1825

Ciao!

Sim, eu sou uma pessoa influenciável em se tratando de leitura. No caso, esta dica de livro veio no2º episódio da 2ª temporada do In the Soop, um reality que mostrou um período de descanso dos integrantes do BTS. Eles foram para um local isolado, para fazer uma pausa da rotina puxada de filmagens, ensaios, shows e o planejamento das milhares de coisas em que estão envolvidos.

Meu Guinho ao lado do livro que o Suga me inspirou a ler

Havia uma biblioteca no complexo onde eles ficaram (aliás, outro livro que eles leram deve aparecer por aqui, ainda não sei quando). Quando descobri – por meio de outras pessoas do Army que identificaram e divulgaram – que um dos livros que o Min Yoongi, o rapper Suga, aniversariante deste 9 de março, escolheu para ler foi lançado em Português, me interessei.

Meta de Leitura 2022

Pronto, eis A coragem de não agradar no Literatura de Mulherzinha e cumpri mais um livro da Meta de Leitura.

Se te interessar, está disponível na Amazon.

A coragem de não agradar – Ichiro Kishimi e Fumitake Koga – Sextante

(Kirawareru Yuki – 2013)

Personagens: a conversa entre o jovem e o filósofo sobre a psicologia de Alfred Adlet

O livro narra uma conversa sobre um jovem e um filósofo. O motivo: o filósofo defendia que o mundo é simples e a felicidade é acessível a todos. A base do diálogo são as ideias do psiquiatra Alfred Adler no início do século 20.

Em cinco partes, que se referem a uma noite de conversa, eles debatem traumas, relacionamentos interpessoais, entender as prioridades da própria existência e como viver de forma mais livre, consciente e, assim, feliz.

Viver é simples.

Preste atenção no argumento de Adler aqui. Ele diz que o eu não é determinado por nossas experiências, mas pelo sentido que damos a elas. Ele não está dizendo que a experiência de uma terrível calamidade ou violência durante a infância – ou outros incidentes do gênero – não tem influência da personalidade. Na verdade, a influência é forte. Mas o importante é que nada é determinado de fato por essas influências. Somos nós que determinamos nossa vida de acordo com o sentido que damos às experiências passadas. Sua vida não é algo que dá a você, mas algo que você próprio escolhe, e é você quem decide como viver”.

capa original

Para chegar ao entendimento de que o mundo é simples e as pessoas complicam de várias formas, é necessário refletir sobre vários outros temas, relacionados à forma como a gente vê o mundo, lida com ele e se deixa influenciar pelas expectativas e desejos alheios.

Confesso que fiquei admirada com a qualidade das perguntas do jovem ao filósofo. Determinado a rebater a premissa, ele apresentava os argumentos que considerava que poderia destruir a premissa do interlocutor.

Em alguns momentos, eu enxerguei a teimosia de não dar o braço a torcer. Para quem está lendo, foi bom porque detalhou pontos para a gente refletir mais. Em outros, reconheço que o jovem aborda pontos que eu não teria pensado em questionar.

Ao final do livro, a gente percebe como os diferentes temas abordados costuram em quadro que podemos aplicar nas nossas vidas. Não é receita de bolo, porque cada ser humano tem uma forma de absorver, reagir e encarar a própria existência, o que engloba as diferentes influências que recebeu ao longo da vida.

Para a gente entender o título, tem que estabelecer um caminho muito grande. Nada é gratuito. Você não vai acordar e um dia e decidir que a vida é simples, que as pessoas não devem forçar em você as expectativas dela e que não precisa agradar todo mundo.

Eu e o todo: o valor e o real propósito da existência

E o protagonista da nossa vida é o ‘eu’. Não há nada de errado com a linha de pensamento até este ponto. Mas o ‘eu’ não está no centro do mundo. Embora seja o protagonista da vida, não passa de um membro da comunidade e de uma parte do todo”.

capa original

Também não vai ser fácil compreender verdadeiramente que o mundo não gira em torno dos seus interesses, porque vivemos em uma comunidade – e, como o filósofo explica, este é um conceito bem amplo para Adler. À medida que o filósofo detalha, a gente percebe por que ele insiste que a vida é simples e a gente que complica – simples não quer dizer simplório. A simplicidade traz uma complexidade para quem ainda não atingiu a maturidade para conquistar a liberdade de ser si mesmo.

Houve alguns pontos que o filósofo abordou que eu percebi que já tinha me dado conta durante o meu tratamento contra depressão, pânico e ansiedade. Realmente, a orientação para a gente não sofrer com as expectativas ou frustrações alheias sobre nós é algo que diminui bastante cargas que a gente carrega sem precisar.

Ainda estou trabalhando em outros pontos e a conversa do filósofo e do jovem dialogou bastante com meu processo de amadurecimento e reforma íntima. Não é um livro chato, nem pedante, que soa arrogante ao jogar verdades em sua cara prometendo mudar sua vida em um piscar de olhos. Ele te convida a pensar, a avaliar quantos comportamentos que encaramos de forma natural que são desnecessários. E que há muita coragem em ser a nossa melhor e mais útil versão em uma comunidade.

Como está na minha Meta de Leitura, a dica do Guinho (como as fãs chamam o Suga) me deixou ainda mais empolgada para ler o outro livro de Ichiro Kishimi e Fumitake Koga: A coragem de ser feliz.

– Links: Goodreads; site da editora; Skoob.

Arrivederci!!! Beta

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