Ciao!
Foram três anos quatro meses e uma semana – sim sou detalhista a este ponto – esperando pelo “pior romance do mundo” .
Dois meses após o lançamento internacional, cerca de um mês após a pré-venda, a Arqueiro finalmente realizou meu sonho de ler esta HQ criada pelas irmãs Julia Quinn e Violet Charles.
Continua lendo que vou te contar como foi a minha experiência!
Disponível na Amazon
A Srta. Butterworth e o Barão Louco – Julia Quinn e Violet Charles – Arqueiro
(Miss Butterworth and the Mad Baron – 2022)
Personagem: Priscilla Butterworth e uma vida muito complicada
A vida de Priscila Butterworth poderia ser resumida da seguinte maneira: sempre pode ficar pior. A perda da família após uma doença foi a primeira de uma série de tragédias ao redor dela. Até o momento em que ela foi trabalhar em Thimmerwell Hall na casa do Barão, lorde Damien Savagewood. Uma fama horrível o perseguia, mas Priscilla suspeitava de que era exagero e decidiu investigar a verdade por trás dos boatos.
Começando pelo meio
É, porque tem um detalhe em comum entre o início e o final, que vou mencionar mais à frente.
A história é aquela que conhecemos a partir da leitura de personagens em outros livros da Julia Quinn. É um romance gótico, com uma heroína para-raio de desgraças, um herói soturno que deixa uma pulga atrás da orelha e com um vilão dissimulado.
Eu esperava o humor, mas as duas criadoras me surpreenderam com umas sacadas maravilhosas e bem espirituosas na forma de contar a história. O tom levemente debochado me remeteu a uma cena bem divertida de Dez coisas que eu amo em você – que é uma leitura obrigatória para saber mais sobre o universo da azarada protagonista desta HQ.
E apesar da fama de tolo e sem noção, Julia e Violet construíram uma trama onde as coisas fazem sentido, mesmo que, em alguns momentos, os caminhos sejam um tanto exóticos. Sim, temos os pombos, sim, temos despenhadeiro, temos intriga e reviravoltas. Ao longo da leitura, enquanto você ri, vai reparar como que vai além do que você imaginava.
Fanservice: sim, temos!
Se você já tiver lido os livros onde a saga da senhorita Butterworth é citada e tiver um pouco de conhecimento sobre a obra de Julia Quinn, vai pescar várias referências pra gente rir.
Uma pista está na mensagem que vem na orelha da HQ. Outra está na habilidade que ajuda a protagonista a mudar de vida antes de ela conhecer o Barão Louco. Algumas das desventuras delas que foram citadas pelos personagens da Julia Quinn aparecem aqui.
E a gente adora, cada quadrinho, cada desenho, cada diálogo. É uma brincadeira entre Julia, Violet e a gente. Um carinho no nosso coração literário. Enfim, o fato não tão inesperado é o óbvio: nunca uma “prosa ruim” foi tão boa.
Terminando pelo início e pelo fim.
Era para ser um momento de glória do trabalho das irmãs – e dos fãs como eu e várias outras pessoas, por tabela. No entanto, há um ano, um acidente causado por um motorista embriagado causou a morte de Violet; de Michelle, a cachorra de serviço dela; de Steve, o pai dela e da Julia. E cinco meses depois, o marido de Violet também morreu em decorrência dos ferimentos do acidente.
Uma tragédia completamente evitável se a combinação bebida e direção não tivesse acontecido. Uma ausência que faz muita falta para Julia e a família. Era para Violet ter visto o esforço dela nos últimos anos ser recompensado. As horas encontrando a melhor forma de narrar a história, os infindáveis desenhos de pombos, falésias e a dificuldade de desenhar um cavalo, como ela comentou em um LdM Entrevista.
Por isso, devo dizer que já me emocionei ao ler a dedicatória. E que o que está após o final das desventuras e aventuras de Priscilla Butterworth e Damien Savagewood também tocou meu coração. E eu imagino que vai te emocionar também.
Muito obrigada, Arqueiro, por ter publicado no Brasil e pelo mimo que fez a minha segunda-feira muito feliz.
E muito, mas muito mesmo!, obrigada, Violet e Julia – foi e sempre será incrível ler este trabalho de vocês!
– Links: site da Julia Quinn; Skoob.
Arrivederci!!!
Beta
Comprei o e-book, mas o Kindle só abre o texto , não o desenho. O jeito foi ler no computador. Adorei!