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Outro tipo de felizes para sempre – Luci Adams – Cap. 1911

Ciao!

O livro de estreia de Luci Adams traz uma personagem encarando uma crise existencial – tema comum aos chick-lits. E a jornada dela será guiada pela prática na vida real dos contos de fadas.

Lógico que isso não vai dar certo. E esta é a graça do livro, que está disponível na Amazon.

Outro tipo de felizes para sempre – Luci Adams – Faro Editorial
(Not that kind of ever after – 2023)
Personagens: Isabelle “Bella” Marble e os sapos, ogros e “príncipes” no caminho

Bella Marble sonhava com uma vida totalmente diferente: estável e realizada profissionalmente e casada, vivendo o próprio conto de fadas. No entanto, ela vivia o oposto: solteira, com um emprego que não era exatamente o que ela queria e vendo todo mundo experimentando as alegrias de relacionamentos amorosos saudáveis. A desventura de uma noite foi a inspiração para ela escrever como que era difícil para uma jovem moderna encontrar o seu felizes para sempre. A partir disso, as escolhas dela vão ditar as consequências.

“Hoje vou pegar quase qualquer um que me queira”

Bella queria ser escritora, mas era a recepcionista de uma editora. Sonhava com um casamento de princesa e em ser a protagonista de um conto de fadas da vida, mas não encontrou ninguém que valia a pena ou que quisesse compartilhar a vida com ela.

Somado a isso, a rotina dela passava por mudanças drásticas: Ellie, a melhor amiga, a alma gêmea, estava em um relacionamento sério com Mark, que Bella considerava simplesmente intragável. E Simon estava iniciando o cortejo com Diego, ambos tão lindos e elegantes que eram perfeitos um para o outro. O mundo só acabaria mesmo se Marty, irmão gêmeo de Ellie, que nunca ficava com ninguém encontrasse uma alma gêmea.

Ela, lá, sozinha. Convenhamos, por mais que ame os amigos, Bella era humana, portanto, ciúmes e inveja fazem parte do cenário, mesmo que ela nunca admita em voz alta.

O começo foi com o lobo que nem era mau, era ruim mesmo

Enquanto não achava o homem o certo, Bella conseguia empilhar os errados. E um tanto de desespero em encontrar a qualquer custo o príncipe encantado destinado para ela – sim, estou falando do gesto dela logo no início da segunda parte.

Ao mesmo tempo, arriscava a sorte no aplicativo de encontros Mirror, mirror – sim, apesar do nome e da respectiva referência, ela acreditava que daria certo usar este apoio na busca pelo felizes para sempre. Lá, ela interagia com o Homem Misterioso, que prometia encontrá-la pessoalmente se ela acertasse o nome verdadeiro dele.

O livro começa com a narrativa de uma noite dela com um “lobo mau” (via Mirror, mirror), com referências óbvias e engraçadas para quem lê. Um tempo depois, instigada ao descobrir uma plataforma on-line gratuita para publicação de histórias, ela transforma este encontro em uma narrativa engraçada.

Com o começo de apoio dos leitores, ela decide embarcar em uma jornada de aventuras em Londres, para atualizar os contos de fadas. Se desse certo, maravilha. Se não desse tão certo, serviria de inspiração para os próximos capítulos on-line.

Bella não se ajuda

capa original

A trama toda foca obviamente o amadurecimento da Bella. É aquele momento que a gente percebe que a vida nem sempre vai ser exatamente como sonhamos – e está tudo bem. Em alguns casos, os sonhos não são aquilo que a gente esperava. Em outros casos, a realidade traz caminhos melhores.

No entanto, até descobrir com clareza qual é o seu rumo, Bella se apega a tudo como ela quer.

“– Não gosto de quão rápido tudo está indo – digo, teimosamente. – Quero que tudo pare. O mundo inteiro está girando em um sentido, e sinto que estou girando em outro”.

Obviamente isso garante que irá receber uma série de pancadas – que ela não vai se ajudar, ao relutar em absorver os golpes e aprender com eles. Ou seja, Bella constrói para si mesmo um efeito dominó e não percebe que, em algum momento, tudo vai desabar.

Nesta jornada, temos momentos engraçados, momentos de vergonha alheia, momentos em que a gente gostaria de entrar no livro para falar a real para Bella sem meias palavras. Tem momentos em que a gente se identifica e em outros que a gente dá graças a Deus em não ser semelhante em nada à protagonista.

Ao contrário de outros livros, a protagonista não é irritante, é simplesmente humana, com virtudes, defeitos e ainda imatura – algo que independe da idade cronológica e sim da forma como encaramos o que acontece na linha da nossa vida. Gostei do que li. Ficarei atenta ao próximo livro da Luci Adams.

– Links: instagram da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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