Amei a capa original. Tão Tiny Cooper! A capa brasileira seguiu um padrão dos livros do autor publicados aqui. |
Dois autores escrevendo sobre dois rapazes chamados Will Grayson que se encontram.
Um dos Will tinha um amigo, o personagem rouba-cenas mais incontrolável e
fabuloso de todos os tempos: Tiny Cooper.
O sonho dele era protagonizar um musical. David Levithan resolveu compartilhar
conosco como seria esse musical escrito e protagonizado por Tiny Cooper.
Alguém achou que eu não iria ler esse livro?
“A maioria dos bebês chega ao mundo chorando, ofegando ou soltando meleca.
Não Tiny Cooper. Ele vem ao mundo cantando” (p.13)
primeira vista. O primeiro, por David Levithan (tudo que é lançado dele, desde então, dei um jeito de ler) e o segundo, por Tiny Cooper. O mais fabuloso coadjuvante rouba-cenas de um livro. Agora ele se tornou protagonista. Ou como mesmo disse assumiu o seu lugar de direito: no palco, diante da plateia sob os holofotes.
“Um comentário sobre o holofote: deve ficar bem claro desde o começo que esse é o lugar especial de Tiny. (…) Mas alguns de nós absorvem energia desses momentos elétricos em que todo mundo está olhando, todo mundo está ouvindo e o silêncio é o mais perfeito que você possa imaginar, com a sala toda esperando para ouvir seja lá o que você dirá em seguida. Principalmente para aqueles de nós que costumam se sentir ignorados, um holofote é um círculo de magia, com a força para nos tirar da escuridão de nossa vida diária.
A questão sobre um holofote é que você precisa entrar nele. Você tem que subir naquele palco. Ainda não me senti pronto para muitas coisas, mas desde cedo me senti pronto para isso” (p.17)
Pelo palco passam moradores do subúrbio de Chicago, integrantes do time de futebol americano, treinador homofóbico, o fantasma de Oscar Wilde, colegas de escola que o aceitavam e também que eram agressivos com ele, o melhor amigo – Phil Wrayson (pausa para rir muito), familiares e os 18 namorados de Tiny Cooper.
“Pra que tentar esconder? Que bem isso poderia fazer? Eu nasci desse jeito. E, se você não gostou, é você quem tem defeito. Se você não entendeu, resolva a questão com Deus. Quem você acha, afinal, que me fez tão sensacional?”
(Eu nasci desse jeito. p. 15)
– A exuberância dele é um contraste com os dois protagonistas, que estão passando por momentos complicados e confusos nas próprias vidas. A peça original aparece no desfecho do livro. Me abrace mais forte é a peça aperfeiçoada após a estreia. E os dois Will são citados nela e são importantes para o desfecho da jornada do agora protagonista divo. Ele foi responsável pelas minhas gargalhadas então.
“Não caia na armadilha de pensar que as pessoas são metades e não partes inteiras. (…) Ainda não estão tentando convencer você disso, mas acredite, essa hora vai chegar. A ideia de que dois é o ideal e que um só é bom como sendo a metade de dois. Você não é uma metade e nunca deve tratar ninguém como metade. Combinado?” (palavras da babá Lynda para Tiny. p. 38)
Eu poderia imaginar como esse musical seria alegre, assim como eu poderia imaginar todos seus percalços de bastidores antes de sua apresentação. Esse personagem pareceu ser muito esfuziante, aproveitando cada segundinho de sua vida ao máximo, sem dever nada para ninguém. O que não quereria dizer que ele não viveu muitos momentos difíceis !