Menu fechado

Cap. 463 – Fogo Apache, Elizabeth Lane (MARATONA DE BANCA – JULHO)

Pronto, eis o segundo tema problemático da Maratona de Banca 2011. A princípio, não previ ao ler a lista como fui salva por um triz. Eu sabia que tinha muitos livros de faroeste em casa. Aí a bonita aqui começou a mexer nas pilhas do armário e descobriu um monte de histórias de cowboys e nada de índios. Lá pelas tantas, apareceram duas – mas em uma, o índio era vilão. Aí preferi a outra opção, apesar de ter tido uma crise de riso quando prestei atenção no nome da história (não perguntem o motivo: era uma tarde quente de um sábado em fevereiro, eu estava de péssimo humor e meu eu escorpiano queria a legalização do homicídio – em meio a esta crise assassina, desandei a rir com o título de um livro! Sim, sou um caso perdido para qualquer analista.)

Fogo Apache – Elizabeth Lane – Clássico Histórico Especial 108
(Apache fire – 1998 – Harlequin Enterprises)
Personagens: Rose Colby e Latigo

Um homem ferido chegou à propriedade onde Rose Colby estava sozinha com o filho recém-nascido. Era perigo batendo à porta, mas ela teve compaixão, o socorreu e o tratou. Latigo realmente era um risco: estava foragido da polícia, acusado de um crime que não cometera. A chegada dele virou a vida de Rose do avesso – muitas certezas foram abandonadas, que passou a questionar até as causas da morte do marido dela. E pelo bem do filho, dela e do amor que surgiu entre eles, a verdade precisava ser revelada, mesmo colocando as próprias vidas em risco…

Comentários:

– Ok, não sou muito fã de livros com índios. Não sei explicar a razão: acho que não me identifico com este tipo de trama por saber que, historicamente falando, o que se passou nos Estados Unidos foi contado pelos vencedores (os colonizadores), que exterminaram tribos inteiras sob a desculpa de “civilização” (aliás, a jornada de Latigo tem algo a ver com isso)… E, na maioria das vezes, os índios são mostrados como vilões – o que me desanima mais ainda. Enfim, este livro estava aqui em casa há séculos e nunca tinha me animado a pegar para ler. Se não fosse a Maratona de Banca, ele continuaria no armário esperando…

– O livro une duas minorias indefesas contra os homens poderosos – índios e mulheres. Rose tinha ficado viúva e despertava a cobiça e a luxúria do homem mais rico da região, Bayard, que a queria como esposa (e as terras que ela herdou viram como um bônus). Latigo estava envolvido em uma investigação junto com o Exército de um complô para incriminar os apaches em crimes que trariam mais pessoas armadas para a região e impediria a construção da ferrovia… Ambos tinham muito a perder e muito a ganhar, o problema era que os inimigos não hesitariam em tirá-los do caminho…

– Latigo é forte e honrado – um contraponto ao seu antagonista, que só tem a aparência civilizada. Quis ajudar a viúva que o socorrera, mas, cada vez mais, se liga a ela. Confesso que a cena em que ele percebe que a ama é muito bonita (ainda mais pela raridade desta cena – homens que admitem amar as mulheres). E na mesma proporção, gostei de Rose até ela me irritar demais quase no fim: afinal de contas, uma atitude muito precipitada dela complica demais as coisas para todos que ela ama. Quando vocês lerem o livro, vão entender de que cena estou falando. De qualquer forma, é um livro bem escrito, resultado de pesquisa sobre o período e que vai agradar bastante, em especial, as fãs deste tipo de trama.

– Por fim, acho que o moço da capa (representando Latigo – que era meio índio apache e meio espanhol) deve ter praticado muita natação. É que ouvi dizer que este esporte deixa os ombros largos.

– A autora tem site oficial e o livro tem página.

Bacci!!!

Beta

9 Comentários

  1. Monique Martins

    Faz muito tempo que não leio um livro com esse tema. Também não é dos meus prediletos, acabam sendo sempre muito similares.
    Esse parece bonitinho, sem nada demais. Não gostei do nome do protagonista…
    Bjkas!

    Monique Martins
    MoniqueMar
    @moniquemar

  2. Sil de Polaris

    Eu não tenho preferência por histórias baseadas em colonização americana também, além de que esses gringos são muito neuróticos. Eu não compro livros sobre esse tema porque morro de dó e mortificação ao ver o que fizeram aos índios realmente em toda sua extensão desde que assisti "A Missão" e "Dança Com Lobos" e "O Último Dos Moicanos". Aquela trilha sonora tão extraordinária tem culpa nisso. General Custer não é visto como um herói por mim, mas como um assassino destruidor de civilizações antigas, assim como todos aqueles conquistadores espanhóis que meteram-se pelo sul americano, devastando astecas e incas e maias. Ponho garimpeiros e madeireiros e uma gama enorme de fazendeiros atualmente, destruindo nossas florestas e nossos índios, nessa saca também. Eu não quis ser marruda em não comprar livros sobre esse tema simplesmente, anos atrás, então comprei-os mas fiquei arrependida até minha morte, não por suas histórias não serem boas mas pela maldade branca tão preconceituosa contra índios existente em seus enredos. O que tenho a oferecer a vocês a esse respeito é "Feitiço Branco", de Bronnwyn Williams, em que Kinnahauk é um índio herói em uma história muito singela, talvez poética.

  3. Andrea Jaguaribe

    Faço minhas as palavras da Sil. Não gosto de livros com índios, principalmente por causa do que foi dito.

    Essa fase da história americana não me agrada em nada e não sinto vontade de ler sobre isso.

    Imagino o sacrifício que não foi prá Beta…

    Beijos!

  4. Sil de Polaris

    Oi, Andrea ! Então você concorda comigo em tudo o que eu disse ? Maravilha ! Portanto nós não teremos problema algum ao planejar nossas estratégias … ^^

  5. Karol (Blog Miss Carbono)

    Concordo com o que foi dito acima: Não leio esse tipo de história, pq na maioria das vezes colocam o indio como vilão quando, na verdade o "homem branco" foi bem pior.

    Mas essa história parece ser bonitinha, leria sim =D

    teh mais

  6. Neny

    Eu não tenho preferencia quanto a etnias, não ligo muito.
    Vou mais pelas autoras que gosto, e recomendações, esse parece ser bonzinho, vou anotar o nome aqui, beijos.

  7. Romances de Índios e Mulheres Brancas

    CAPTURA
    CAPTURE
    Emily French

    DOIS MUNDOS… UM SÓ CORAÇÃO!

    Jeanne de la Roque. Linda. Jovem. Indefesa.
    Os índios a chamavam de Pequena Tartaruga.
    De cabelos flamejantes, irrequieta, Jeanne jurou lutar contra seu odiado captor até o fim. Mas entre os lagos e as florestas, ela aprendeu a admirar o selvagem esplendor de Águia Negra e a descobrir os desejos do próprio coração.
    Águia Negra. Assustador. Valente. Poderoso.
    Atraído pela coragem de Jeanne, o orgulhoso guerreiro poupou-lhe a vida. Seu destino fora previsto numa visão secreta em que aparecia a filha pálida da Lua. Porém, o clamor do sangue nas veias só seria aplacado quando Jeanne fosse totalmente sua.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *