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Cap. 920 – Quase casados – Jane Costello

Ciao!!!


Eu adoro chick-lit. Tanto que o estilo batiza o meu blog.
Claro que discordo de alguns estereótipos que grudaram como “samba de uma nota
só” em algumas histórias: protagonista perto/na casa dos 30 anos, insatisfeita
com a vida, ensandecida, que encontra o homem perfeito, faz um monte de bobagem
até tudo dar certo. No meio do caminho, arrebenta os meus nervos.
Obrigada Senhor, que isso não acontece aqui…
Quase
casados – Jane Costello – Record
(The nearly-weds – 2009)
Personagens: Zoe Moore e Ryan Miller
Sabe quando a sua vida faz sentido tão completamente
que você tem certeza de que nada vai dar errado? Pois é, Zoe achava que tinha
alcançado este estágio, até tudo dar tão errado, mas tão errado, que após ser
abandonada pelo noivo no altar, só restou fazer as malas e sair de Liverpool.
Foi trabalhar como babá para uma família norte-americana e, de novo, outra
surpresa e foi parar com outra família, em Boston. E já que todos os planos
foram para o espaço, o jeito era se virar nesta nova vida…
Comentários:
– Para curar a dor de ser abandonada, da decepção e
da vergonha, Zoe fez as malas e colocou um oceano entre ela e a família, o
emprego e os amigos em Liverpool. Só que, quando a maré não está boa, tudo
parece mais difícil. Ao invés de ir para a casa de uma família que estava
prestes a fazer uma viagem para o Caribe, foi parar em Boston, em uma casa onde
tudo estava errado. Pai ausente e nada interessado em outra coisa que não fosse
trabalhar, crianças fofas, mas sem disciplina e órfãs de mãe. Zoe começa a
tentar colocar ordem, mas esbarra nos problemas do cotidiano e, numa hora
dessas, nada dos poderes de Mary Poppins e Nanny McPhee para salvá-la.
– Heroína chateada, questionando a vida perfeita e
em busca de novo sentido para ela. Está achando que “desapaixonar” é fácil?
Nada disso. Mesmo quando o novo patrão é tão lindo quanto canalha. Ryan é
maravilhoso de lindo, mas não está atravessando a melhor fase da vida e todo
mundo percebe isso. E para cada coisa que faz a gente “ooooh!!!” tem outra que
te tira do sério.
– Mas à medida que a autora vai colocando as cartas
na mesa sobre os personagens, muitas vezes com o apoio dos coadjuvantes, sejam
as crianças, as cartas da mãe superprotetora de Zoe ou o grupo de babás
inglesas da rua que se une para trocar confidências, problemas e apoio mútuo
longe de casa, a história fica interessante. E também pela forma que a autora
escolheu para contar como foi a desilusão de Zoe. Não há um prólogo sobre o
casamento que não houve. A narrativa dela sobre o que aconteceu é espalhada nas
partes finais de cada capítulo, como um contraponto da vida que ela tinha e
pensou que teria em Liverpool com o que está vivendo nos Estados Unidos. Para
quem, como eu, estava escaldada com os livros “made in Bridget Jones” (cujos
defeitos me irritaram mais que as virtudes, de uma forma geral, quando analiso
com meus olhos de adulta) encontrar um que não siga a mesma toada é muito bom.
Tanto que eu tinha a famosa intenção de ler algumas páginas antes de dormir e
adivinhe? Pois é, embalei e fui até o final.
– E para quem, como eu, gosta de Liverpool por ser a
terra dos Beatles e do time de futebol do Liverpool tem referências ótimas…
Desde uma comparação com a esposa do Gerrard até a menção ao Xabi Alonso que me
fez dar gargalhadas aqui, porque confesso que, definitivamente, não esperava
por isso. Gostei, do que li, gostei de ser surpreendida e gostei da trajetória
de Zoe – confusa, atrapalhada, intensa e imprevisível – depois que tudo passou a dar errado. Aliás, é o primeiro livro que leio
da autora e deixou boa impressão. Que venham os próximos!
– Links: Goodreads autor e livro; site da autora.
Bacci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Eu não pude evitar de lembrar-me de aventuras atrapalhadas, comandadas por um destino embriagado, de Goldie Hawn, principalmente em um filme em que ela contracena com Kurt Russel, seu esposo em sua vida real. Este romance pareceu-me ser um turbilhão de confusões e emoções, pois eu creio que ser abandonada em um altar tem de ser um trauma psicológico enorme, principalmente para uma mulher de vida certinha.

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