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Cap. 1349 – Fuga da Tempestade – Lee Wilkinson

Ciao!!!


Acho que invoquei Asgard inteira. Ou todo o Olimpo.
E por fim já implorava misericórdia a Jared Leto (ainda na fase antes de tosar o cabelo). Só isso pra me impedir de
planejar uma morte bem dolorida para a protagonista deste livro.


Sabe aquela coisa: a mulher pode levantar ou
afundar um homem? Pois é, a criatura desta história é praticamente um iceberg
para o pobre protagonista.



*** A outra história do livro é Vida em Pecado, da Susan Stephens.
Fuga da
Tempestade – Lee Wilkinson – Harlequin Jessica 2 histórias 216 (Desejo e
Êxtase)
(Running from the storm – 2012 – Mills & Boon
Modern Romance)
Personagens: Caris Belmont e Zander Devereaux
Caris e Zander viveram uma paixão arrebatadora à
primeira vista, que terminou após uma briga, quando ela fez as malas e foi
embora. Três anos depois, ao cuidar da venda de uma propriedade antiga, enorme
e linda, ela se surpreende ao reencontrar Zander. Mas ele sabia que a reencontraria
e queria esclarecer o rompimento para ter paz de espírito. E da mesma forma que
antes, estavam presos em um lugar por causa do clima. Desta vez, fugir parecia
impossível para Caris, que se recusava a enfrentar o que Zander a queria fazer
encarar…
Comentários:
– Pessoas adultas que agem como crianças mimadas
me irritam profundamente. Não importa se é o protagonista, a protagonista, o
coadjuvante, o vilão. É pedir muito para minha paciência, combalida e testada
ao extremo na vida real, que ela resista a piti de personagem fictício. Uma
hora tem que estourar, né? E sobrou para Caris. Sim, para quem estava com
saudades, este é daqueles posts mal humorados com spoilers em excesso para meu
padrão, mas preciso desabafar!
– Caris era a filha que se esforçou para ser
amada pelo pai, que queria um herdeiro, mas só teve ela. Até Direito ela
estudou para agradar. Aí conheceu um homem bonito e em uma série de
circunstâncias que você pode atribuir como sequência de “acasos”, ele a ajudou,
eles ficaram presos por causa do mau tempo, eles se aproximaram, eles ficaram
íntimos e eles começaram a viver uma grande paixão. Eles foram morar juntos,
para desagrado do pai dela que a colocou no dilema: “você só será promovida à
sócia se se dedicar 100% ao trabalho, nada de sexo, nada de casos”. E ela
escolheu o bonitão.
(E pelamordeDeus, outra protagonista feminina que
conta com a fé e a esperança para se proteger?! Na primeira vez dos dois,
Zander hesita porque não tem camisinha. E a criatura diz que “está tudo bem, por
razões médicas estou tomando pílulas”. Oi?!?!?! Ok, ver The Normal Heart e Clube de
Compras Dallas
em sequência me deixou muito neurótica e impressionada com o
impacto do sexo não seguro. Fora que a Aids é uma das encrencas que podem
acontece com quem não se protege. E o fato de ser bonito, lindo, espetáculo,
gostoso não garante que é saudável. Aqui vai ser porque é um romance dedicado a
sonhar, bla bla bla, mas a vida real não nos permite isso mais. Nem em sonho.
Fim do momento ativista panfletária.
)
– Até aí, beleza, uhu, patinho feio descobrindo
que tem asas e que pode voar sozinho. Nem pense em subir o som do “I believe I
can fly
” porque logo em seguida a gente descobre que o patinho feio era
suicida. Ela se implode e implode o relacionamento dos dois. Com gosto. Ok,
pessoas adultas e normais têm inseguranças. Às vezes, elas paralisam a pessoa.
Ok, mas o que a gente precisa fazer se quiser manter a sanidade, mais cedo ou
mais tarde, é lidar com elas. É fácil? Nops, ninguém diz que é. Mas é necessário.
Parece que Caris perdeu esse memorando ou nasceu sem capacidade de atualizar
esse aplicativo mental. Em todas as situações do livro quando foi confrontada
com uma causa de insegurança, a criatura opta pela pior decisão – fugir. Sim,
estilo “amanheceu, peguei a viola, botei na sacola e fui viajar”. Simplesmente
se recusa a lidar com o problema e resolvê-lo, não importa as consequências.



– Precisa ser gênio pra saber o que acontece? Óbvio que o trem – no caso,
protagonista de nome exótico (culpa do cartório, segundo ele) – volta com força
total e nada compreensivo para a tática de varrer as encrencas para baixo do
tapete e empurrar tudo para um porão mental que ela faz de conta que não
existe. Confesso que, quando ela fez isso pela segunda vez e as consequências
desse “me recuso a lidar com isso” foram graves, meu Hulk interior pediu licença para
invadir o livro e sair esmagando o que encontrasse pela frente. Foi necessária
uma dose elevada de Jared Leto combinado com reprise de Loki sofrendo em Thor e
uma dose extra de Spock tudibão em Star Trek para acalmar meu espírito. Porque foi grande a tentação de 
jogar o
livro para o alto, sair correndo e gritando para o meio da rua implorando pra
Heimdall abrir Bifrost, me tirar desta galáxia onde as pessoas não se comunicam, se estrumbicam e me deixam doida e me levar para Asgard, onde sou apaixonada pelo príncipe que quer muito ser rei. 




– Ah, preciso destacar que a história tem boa
parte narrada em dois tempos – “três anos antes” quando eles se conheceram e
“três anos depois” quando Zander força o reencontro para o momento “lata d’água
na cabeça”. Em algumas partes, custei a entender o que estava acontecendo – e calma que ainda tem uma bomba na reta final. Mas
depois quando entendi o quadro geral e o tamanho do ninho de mafargatos que é a
mente e a autoestima de Caris, só me resta dizer, ao melhor estilo, bordão das
redes sociais: foge, Zander, é cilada!
… Ou então sou eu que estou exigindo demais da
vida. Hora de ver Magic Mike de novo
e me lembrar de que roteiros são desnecessários quando se ouve o “All right, all right, all right
malemolente do Meu Rei*…
Bacci!!!
Beta
* Para quem
não entendeu, durante a transmissão do Globo de Ouro de 2014, a tradução
simultânea durante o discurso do Matthew McConaughey disse que a frase que a
esposa dele usava para empurrá-lo para a gravação de Clube de Compras Dallas:
“Go work, McConaughey!” como “Vai trabalhar, meu rei!”. Sim, verdade, tive
várias testemunhas do fato (e não foi a única pérola da noite). Desde então, o
moço aqui em casa virou “Meu Rei”
.

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