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Cap. 1463 – Ela é uma fera! – Marina Carvalho

Ciao!

Shakespeare
é o assunto do dia. Afinal de contas, ele nasceu (supostamente) e faleceu no
dia 23 de abril, com pouco mais de 50 anos. Nunca escondi que prefiro as
comédias dele. Faz um bom tempo que li algumas.
Por
isso, cá estou eu com uma releitura de “A Megera Domada” feita pela autora
mineira Marina Carvalho!
Ela é uma fera! – Marina Carvalho – Novas Páginas (e-book)
(2013)
Personagens:
Carolina Batista e Pedro Verona
Clara
Batista era a garota mais popular do colégio, todos os meninos a queriam, mas ninguém
se aproximava dela, porque o pai determinou uma missão impossível: Clara só
sairia se a irmã mais velha, Carolina, também fosse. O problema era que
Carolina era uma “fera”, uma “megera” que não fazia questão de socializar com
ninguém. Até que Pedro Verona apareceu no caminho dela e começou a tirá-la do
sério. Só que era parte de um plano e as consequências poderiam sair do
controle de todos.
Comentários:
– Sim,
eu preciso ler A Megera Domada e ver
o filme com Elizabeth Taylor no papel da protagonista Catarina. No entanto,
todo mundo conhece as bases da trama do livro de Shakespeare que já inspirou a
novela O cravo e a rosa e um filme (que adoro) 10 Coisas que odeio em você.
– A
história de Ela é uma fera! se passa
em São João del Rei, entre as casas dos personagens, a república de universitários,
os campi da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) e o Colégio Santo
Antônio de Pádua. A trama base é a mesma: Clara quer ter mais liberdade, mas
depende que a irmã, Carolina, também saia de casa e namore – ordens do pai. O “problema”
é que Carolina tem um temperamento forte e é totalmente antissocial e foi tachada
de “fera” e “megera” pelos outros.
– Clara
está de olho em Henrique, o rapaz mais bonito da escola (e que não vale nada)
que decide contratar o universitário Pedro Verona para se aproximar de Carolina
e tirar o empecilho da irmã-megera do caminho. Pedro e Carolina se estranham desde
o início, até mesmo quando são obrigados a trabalharem juntos analisando Sonetos
de Shakespeare para uma disciplina.
– Basicamente
a história fala sobre as impressões que temos e que passamos às pessoas – e como
somos rápidos em emitir julgamentos profundos a partir de bases nada sólidas. Carolina
foi rotulada como megera porque se recusava a agir como a maioria, tinha temperamento
forte. Clara queria mais liberdade, mas por parecer frágil e delicada, dava a
impressão de não saber se defender. O pai delas enfrentou a dificuldade de
criar duas filhas sozinhas e se via meio perdido com o crescimento de suas
meninas. Pedro era temido pelo visual que as pessoas associam a coisas e ações
ruins. Henrique era lindo por fora, o garoto mais desejado da escola, mas não
tinha o menor respeito pelos sentimentos alheios. Lucas acabou de voltar para o
Brasil, repleto de saudades da vida que tinha em Boston e o encantamento por Clara
o ajudou a romper os preconceitos e se adaptar melhor à mudança.

Aliás, mudança é outra palavra que cabe bem: todos vão ser afetados ao entrar nesta
rede de mentiras, tramoias e estratégias para conseguirem o que querem. Carolina
não queria enfrentar os sentimentos que mudaram a forma como ela encarava o
mundo e criaram parte da insatisfação que sentia com a vida. Pedro tinha vários
problemas a resolver e, ao pensar que encontrou o caminho para isso, topou com
várias complicações. Clara não enxergou além das aparências. Lucas se viu
encantado sem ser correspondido.
– O
comportamento de Pedro e Henrique me irritou por boa parte da história, aqueles
tipos de caras que pensam que as mulheres vão se jogar automaticamente aos pés
dele. O pior é que sei que ainda tem muito disso por aí: que não entende um “não”
ou que força a barra para ter o que ele quer, sem respeitar os sentimentos da
garota. A boa notícia é que eles também vão aprender uma lição sobre isso. Ou
seja, fique atento porque a “megera” pode estar dentro de você – o que é mais
difícil ainda de domar.
Bacci!!!
Beta

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