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Um estranho irresistível – Lisa Kleypas (Os Ravenels 4) – Cap. 1589

Ciao!

 
Há alguns
dias, publiquei um texto sobre como a
“cultura da vergonha” impacta na vida das mulheres (que são o foco do estudo contado no livro da Brené Brown).
Pois
bem, ao mesmo tempo, eu estava lendo esse romance. E – mesmo sendo ficcional –
mostra como a sociedade não sabe lidar com quem não se prende nos padrões.
Um estranho irresistível – Lisa Kleypas –
Editora Arqueiro
(Hello
Stranger – 2018)
Personagens:
Dr. Garrett Gibson e Ethan Ramson
Garrett
era a primeira médica da Inglaterra e lidava todo dia com o preconceito das
pessoas. Ignorava porque sabia que a profissão era importante para muitos
pacientes. E durante um ataque após uma ronda em locais perigosos, ela percebeu
que Ethan Ramson continuava acreditando que ela era incapaz de se proteger. O
caminho deles, que não deveria se cruzar, vivia se entrelaçando e isso poderia
colocar ambos em perigo.
Comentários:
– Eu tinha uma dúvida sobre como este livro se encaixaria na série Ravenel, mas a pista lançada na história da Pandora se concretiza aqui, só não é na rapidez que a gente espera, porque não é o eixo que sustenta a história.
– A principal trama em andamento envolve o fato de Ethan ter se interessado pela médica Garrett, mas saber que, por razões profissionais, eles não poderiam ficar juntos. Seria arriscado para ela e para ele. Só que Ethan pensava saber se defender e, por mais independente que Garrett fosse para uma jovem mulher do século 19, havia certas forças e inimigos que seriam mais fortes.

– Peço que me perdoe, senhorita… mas por que médica? A senhorita não é feia. Sei de pelo menos dois camaradas lá na divisão que estariam dispostos a lhe propor casamento. – Ele fez uma pausa. – Quer dizer se souber cozinhar e costurar um pouco. (…)– Sinto informar que só sei dar pontos cirúrgicos – retrucou ela. 

– Enquanto isso, acompanhamos de forma mais próxima a rotina de Garrett, vislumbrada nas vezes que ela apareceu nos livros anteriores. Passamos a entender como era feita a medicina, e o que a tornava um diferencial – as técnicas mais modernas que aprendeu na Sorbonne com um grande professor e que realmente, aliado ao talento e perícia dela, salvavam vidas. Se Garrett já era uma excelente médica naquelas condições precárias – e ainda sim, melhores do que havia antes – atualmente, seria uma pessoa tão necessária aos muitos pacientes que temos mundo afora. Ah, sim, se preparem para momentos dignos da versão possível de “E.R.”/ “Grey’s Anatomy” em 1876 na Inglaterra.
– Ethan trabalha em uma missão importante e começa a desconfiar de uma situação preocupante. Resolve investigar por conta própria, o que o coloca na linha de tiro “amigo”. E por tabela, qualquer pessoa que ele considerasse importante. Por isso, o relacionamento dele com Garrett ocorre em cima de bases tão inseguras – não é falta de amor ou de paixão, mas de segurança para ela.

– (…) Estar perto de você é suficiente para deixar meu sangue quente. Mas eu não posso querer você. Não deveria tê-la procurado essa noite. 

– Lisa desenvolve o mistério, a intriga e a paixão com maestria. A gente entende os sentimentos deles e a forma como muda a visão de vida de ambos, fazendo assumirem riscos e cometerem erros que normalmente não fariam. A gente entende Ethan e Garrett e isso nos faz torcer por eles. Além disso, reencontramos personagens que já aprendemos a amar nas tramas anteriores e temos um leve gancho do que vem pela frente.
– Mais uma excelente história nesta série que estou adorando acompanhar. Temos momentos tensos, românticos, sexies e muitas conversas engraçadas – especialmente se envolverem termos técnicos médicos. E me fez muito bem ler este livro junto com o da Brené Brown, para ter exemplos do quanto a sociedade mudou ou não entre as Garretts e as Robertas da vida – e as ainda que virão.
Os Ravenels
Arrivederci!!!
Beta

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