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Indomável – Julia Quinn (Damas Rebeldes 3) – Cap. 1822

Ciao!

– Agora quero que você me escute – disse ele, com os olhos fixos nos dela. – Você deve ficar longe de Ned Blyton, deve ficar longe de homens casados e deve ficar longe de todos os libertinos da lista de Belle.

– Inclusive de você?

– É claro que não estou incluído – retrucou ele. – Sou seu tutor, maldição!

A trilogia Damas Rebeldes chega ao fim com a história da mais improvável jovem que poderia conquistar o solteiro mais imperturbável de Londres.

Livro disponível na Amazon.

Indomável: A história de Henry – Julia Quinn – Editora Arqueiro (Damas Rebeldes 3)
(Minx – 1996)
Personagens: Henrietta “Henry” Barrett e William Dunford

Com a morte de um primo de oitavo grau, Dunford se tornou herdeiro de Stannage Park, um baronato na Cornualha. Finalmente algo que seria diferente de ver os melhores amigos se apaixonando e casando. Ele partiu para conhecer a propriedade sem imaginar o que o aguardava. Henry temia o futuro e a vinda do novo tutor. Estava disposta a convencê-lo a seguir na vida luxuosa da capital e permitir que ela seguisse administrando a propriedade. Mas também não estava preparada para conhecer o novo lorde Stannage.

De inimigos a muito amigos

Eu dei boas risadas com as tramoias de Henry para convencer Dunford de que a vida no campo não era para ele. Para uma administradora conhecida pela excelência e pelo comando da equipe, ela não soube ser estrategista o suficiente. Creio que a paixão por Stannage Park, local que onde foi acolhida e sempre foi seu lar, atrapalhou a objetividade dela.

Para completar, Dunford leva um tempo para entender o que estava acontecendo, principalmente por ser o estranho no ninho. Gostei que a autora não prolonga isso mais que o necessário, até porque já havia outras coisas se desenrolando que precisariam da atenção dos protagonistas.

Até porque Henry percebe que Dunford não é o monstro que imaginava. E a essa altura, Dunford já começava a respeitar aquela garota tão incomum no universo dele.

Minx Julia Quinn

A pressão social e a forma como Henry se vê

A criação livre que teve na Cornualha tornou Henry indomável e também criou nela um enorme problema de autoestima. Ela se descreve inúmeras vezes como uma “aberração”, por ser uma jovem que não era nada feminina. Ou seja, nada de tocar piano, bordar e ser delicada e amável.

Cuidar de Stannage Park exigia calças e botas, não vestidos e rendas. Ela poderia falar sobre cada animal da propriedade e de quais investimentos o local precisava. Ainda assim não enxergava valor em si mesma e relegou ao fundo da mente o desejo de ter uma família, por ter certeza de que nenhum homem gostaria de uma garota como ela.

Até perceber que Dunford mexia com ela, como ninguém antes conseguiu. A essa altura, ele também já olhava para ela com outros olhos. Ao descobrir que era o tutor dela, estabeleceu-se o dilema ético. E uma necessidade: levá-la para Londres, onde Henry teria as mesmas experiências que as jovens da idade dela.

Ela merece fazer as próprias escolhas

A gente acompanha uma história de amor se estabelecendo passo a passo. Desde o estranhamento inicial, ao encantamento, ao fato de querer ver o outro feliz. Dunford não quer mudá-la, quer que ela experimente o que teria direito sem perder a própria essência.

Ele conta com o apoio dos amigos Emma e Alex, prestes a viverem uma grande novidade, e John e Belle, casados e felizes. Ah, claro, todos bastante intrometidos participativos, como a gente já poderia esperar. É uma delícia reencontrá-los. Além disso, temos um concerto de um dos quartetos Smythe-Smiths – o que me fez rir pra caramba.

A autora explora o problema ético do relacionamento entre tutor e tutelada. Só que Henry e Dunford são motivos por sentimentos reais. Ela se percebe bonita a partir da forma como ele a vê e se relaciona com ela. Ele se percebe cada vez mais perdidamente apaixonado por ela, cuida de proteger a reputação da jovem e está pela primeira vez acreditando que seria premiado com um futuro casamento por amor. Desde que Henry o queira como ele a queria.

Faltam tantas páginas e o casal está feliz… UEPA!

Sim, eu vivenciei o meme. Estava tudo muito fofo, muito lindo, muito romântico, mas ainda faltavam muitas páginas, então, veio a suspeita de que haveria algum contratempo.

E houve. Um bem comum e atual. Fiquei com raiva do catalisador do problema, mas era claro que o casal ainda precisava passar por uma última prova. Me deu pena de ver ambos sofrerem. Claro que torci por ambos superarem as inseguranças, as incertezas e si mesmos para serem felizes. E fiquei feliz ao encerrar o livro que por ter me permitido acreditar em finais felizes mesmo no mundo maluco em que vivemos.

Damas Rebeldes

* A série tem ainda uma novela chamada “A Tale of Two Sisters” protagonizada pelo Ned Blydon, primo de Emma e irmão de Belle. Ela faz parte da antologia “Where’s my hero”, com histórias da Julia Quinn, da Kinley MacGregor e da Lisa Kleypas. Não sofram: “O herói que faltava” já foi lançado pela Editora Arqueiro e pode ser comprado na Amazon

Links: Goodreads livro, autora e série; site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha

Arrivederci!!! 

Beta

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