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Tempestade Selvagem – Beverly Jenkins (Mulheres Pioneiras 2) – Cap. 1837

Ciao!!!

Disponível na Amazon

Há uma semana contei sobre a minha primeira experiência com a obra de Beverly Jenkins. Agora esta é a minha segunda experiência. E só serviu para ratificar um fato: preciso de muito mais da autora na minha vida.

Tempestade Selvagem – Beverly Jenkins – Editora Arqueiro (Mulheres Pioneiras 2)  
(Wild Rain – 2021)
Personagens: Spring Rain Lee e Garrett McCray

Garrett McCray viajou para o Oeste, para Paradise, no Wyoming, para entrevistar um médico preto sobre as experiências dele em ser a referência na cidade. Era para ser uma viagem organizada, até que o clima entrou no caminho e uma nevasca e um acidente o surpreenderam. Ele foi salvo por Spring Lee, uma mulher totalmente diferente de todas que ele conheceu no Leste: fazendeira, independente, domadora de cavalos e que não esperava por um príncipe encantado. Só que a vida tem outros planos para eles.

“– Esperto e cavalheiro. Raro como um búfalo branco”

Preto, ex-escravizado, advogado e carpinteiro, Garrett McCray também era jornalista. E assumiu a missão de viajar para o outro lado do país para escrever para o jornal, voltado para a comunidade preta em Washington D.C., sobre o médico preto que atendia no Oeste.

A viagem de trabalho teve problemas: clima ruim e um acidente o deixaram em péssima situação.

Até que Spring Lee o encontrou e socorreu. Ela não tinha o costume de levar homens para a casa dela, morava sozinha e não dependia de ninguém. Mas não deixaria alguém à mercê do inverno no Wyoming. E descobriu que era o jornalista que viajou para entrevistar o irmão.

A breve experiência morando juntos colocou em conflito dois modos de vida: Garrett, criado no Leste, e Spring, uma mulher diferente até para os padrões do oeste tido e descrito como selvagem.

Ele não negou o fascínio que sentiu pela força e habilidades dela. Ela estranhou os modos cavalheiros dele.

Foi um bom ponto de partida.

“Um homem disposto a lutar com a senhorita por uma porta não é de se jogar fora”

Spring Rain Lee sabia exatamente que todas as atitudes tinham consequências. A jovem inocente que ficou órfã e foi criada, junto com o irmão, pelo avô, aprendeu isso da pior forma. Isso rendeu a ela algumas cicatrizes, outras feridas e mágoas ainda abertas, uma casca mais grossa para lidar com a comunidade onde morava.

“– Não tenho marido e não pretendo ter.
– Por que não?
– Por que teria? Possuo terras e cavalos. Estou satisfeita”.

Tinha respeito de alguns, era alvo da fofoca e comentários maldosos de outros, mas ela seguia em frente. A garota incontrolável e de passado escandaloso se tornou uma mulher forte – a mulher que conseguia viver em comunhão com um ambiente selvagem. A mulher que entendia os cavalos como ninguém na região. A mulher que, sim, atraía olhares admirados de outras mulheres, que entendiam o tamanho da luta que era ser Spring Lee.

Cinnamon Roll

Na carta da autora para quem lê o livro, ela explica que Garrett é o primeiro herói estilo “cinnamon roll” que ela escreveu. Não vou antecipar o que isso significa, mas gostei muito do perfil do protagonista. Ele possui várias camadas – apesar de Spring Lee se referir na maioria das vezes a ele como “jornalista carpinteiro enxerido”, pela quantidade de perguntas que gostava de fazer. Em um momento crucial, ela vai perceber que ele também sabe ouvir.

Ele é o equilíbrio perfeito para Spring Lee. O homem do Leste e a mulher do Oeste. O homem que nasceu escravizado, foi liberto, estudou, se formou, mas o que realmente amava era o trabalho como carpinteiro. Permitia que ele fosse criativo e construísse móveis que seriam úteis para outras pessoas.

Garrett consegue ser galante e sensual, valente, honrado e convicto das decisões que tomou. E isso não o torna menos homem que os outros da série. Aliás, existem outros exemplos positivos e negativos de masculinidade – desde Ed Nelson, Colton Lee, Odell Waters até Ben Lee e os Ketchum.

Mais uma vez, me encantou o fato de ver a história narrada por outras vozes. As menções aos preconceitos e ao massacre dos indígenas e também a como os pretos foram jogados ao vento depois da abolição. A liberdade não trouxe garantias, nem condição de vida melhor e muito menos respeito. Quem pensa que a gente não aprende lendo livros como este não sabe o que está perdendo.

A Editora Arqueiro já publicou dois livros da trilogia Mulheres Pioneiras – série Woman Who Dare:

  • Ventos de Mudança – Rebel – Valinda Lacey e Capitão Drake LeVeq
  • Tempestade Selvagem – Wild Rain – Spring Lee e Garrett McCray
  • To catch a Raven – Raven Moreaux e Braxton Steel

Como vocês vão perceber ao longo da leitura, Tempestade Selvagem está relacionado a outra série da autora – Wild West – que é formada pelos seguintes livros:

  • Forbidden – Eddy Carmichael e Rhine Fontaine
  • Breathless – Portia Carmichael e Kent Randolph
  • Tempest – Regan Carmichael e Dr. Colton Lee

– Links: Goodreads livro, série e autora; site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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