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Meu doce marquês – Jo Goodman (Clube da Bússola 3) – Cap. 1840

Ciao!

Disponível na Amazon

“North. South. East. West.
Amigos para a vida toda, somos confessos.
Todas as outras verdades, negaremos.
Pois somos soldado, marinheiro, reparador e espião”

Chegou a vez do livro onde tem a tradução que eu prefiro do lema do Clube da Bússola – é a tradução que melhor define os protagonistas.

Como comentei nos dois textos anteriores, escrevi sobre a série nos primórdios do Literatura de Mulherzinha. Os quatro livros foram lançados no formato de banca pela Nova Cultural.

O motivo para comemorar termina aí. Os livros lançados fora da ordem cronológica, sem identificação de série, sem uma tradução linear.

Dependendo do que você ler, o grupo também se chama Confraria das Rosa dos Ventos como tradução para Compass Club – nome original da série. Assim como um deles optou por traduzir os pontos cardeais que são os apelidos dos protagonistas.

Apesar disso, e com a incrível ajuda da Ziláh da Banca do Vasco, um sebo aqui de Juiz de Fora, eu consegui completar a série.

Meu doce marquês – Jo Goodman – Clássicos Históricos Especial 222 (Clube da Bússola 3)
(All I ever needed 2003)
Personagens: lady Sophia Colley e Gabriel Whitney, marquês de Eastlyn

Uma fofoca correu pela sociedade: o marquês E. estaria noivo da lady S.C, sobrinha de um conde. Claro que todos sabiam de quem se tratava. O problema é que era mentira. Para tentar controlar o falatório, East fez o pedido, mas foi recusado por ser “um jogador, um bêbado e um assassino”. A recusa foi o incentivo que faltava para o marquês se embrenhar em uma jornada marcada por intrigas que poderiam colocar o futuro de um acordo desejado pelo governo em risco, além da vida dele e dela.

“Era o tipo de coisa que um reparador devia saber”

East – em português, Leste/Este – é aquele que age para acontecer justiça. Desde os tempos de Hambrick Hall até a idade adulta nas missões encaminhadas pelo coronel Blackwood. No caso, East foi incumbido de agir em prol de um acordo com a Companhia das Índias, que seria muito vantajoso para o governo inglês. No entanto, alguns integrantes do parlamento ofereciam resistência. Deixando as próprias opiniões de lado, East devia “desembolar” a situação.

Só que justamente neste momento, ele se viu envolvido em um boato de que estaria noivo com Sophia Collet. Para evitar que a jovem ficasse malvista, ele a pediu em casamento e ela recusou.

Alguma peça não se encaixou na história e East se sentiu na obrigação de descobrir o que estava acontecendo – e interferir, se pudesse ajudar.

Rede de intrigas

Este é o livro que tem tanta intriga em andamento que elas tropeçam umas nas outras e se misturam. É intriga familiar, intriga entre grupos, intriga política, uma intriga do passado que ganha perigosa ramificação no presente. É um emaranhado tão grande que, na maioria das vezes, quem lê não tem imediatamente a noção do que está acontecendo.

East se conduz nesse labirinto em alguns momentos com mais informação do que divulga, em outros, meio às cegas, seguindo a intuição. Tem também os momentos onde fica perdido e precisa se situar para definir como agir em seguida.

“- Porque sou irracional, suponho. E desagradável”.

Let me be the one – capa original

Lady Sophia Collet estava à mercê dos primos, que herdaram o condado após a morte do pai dela. Por ser observadora, ela sabia demais sobre a rotina dos Tremont.

“Devo confessar, milorde, que em geral faço o que é esperado. Por mais que me desagrade, cheguei à conclusão de que sou uma covarde. Mas agora decidi fazer o contrário. E sei que minha vida mudará por causa disso”.

Ao desapontar a expectativa de aceitar o pedido do casamento de East, Sophia sabia que teria consequências. Ela não é covarde, é inteligente, age com as armas que possui. Paga o preço por isso. Tenta se proteger ao evitar colocar o marquês nessa história.

Mal sabe ela que, a essa altura, o reparador do Clube da Bússola voluntariamente já queria entrar de cabeça, ombro, joelho, pés, olhos, ouvidos, boca e nariz na confusão e tomar providências.

Convenhamos, é o cenário mais desfavorável para surgir um sentimento realmente bonito e verdadeiro, mas quem disse que o amor se preocupa com isso?

Tramas simultâneas

Apesar do erro no início que situa a história em 1816, ao invés de 1818, como nos demais livros, todas as tramas do Clube da Bússola ocorrem de forma paralela. Nos dois anteriores, o boato do “noivado” do marquês é mencionado pelos amigos.

Em Meu Doce Marquês, East cita a visão dele sobre os problemas que North enfrentou e temos novo ângulo de uma das cenas iniciais da história de South. Em todos é mencionado o fato que causa uma mudança drástica na vida de West.  

Enquanto isso, todos executam diferentes missões sob o comando do coronel.

Clube da Bússola

– Links: Goodreads livro e série; site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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