Ciao!
Cada vez mais eu me apaixono pelas histórias da Christina Lauren. As autoras que escrevem sob este pseudônimo conseguem entrelaçar vários sentimentos na jornada dos personagens, sempre colocando algumas surpresas no caminho.
Disponível na Amazon
Armadilhas do amor – Christina Lauren – Faro Editorial
(The Honey don’t list – 2020)
Personagens: Carey Duncan e James McCann
Carey e James trabalham como assistentes diretos do famoso casal dos programas de reforma de casas e design, Melissa e Rusty Tripp. Para quem estava de fora, era o emprego dos sonhos, participar de projetos que mudavam vidas das pessoas. No entanto, os bastidores eram infernais e o casal se odiava e estava prestes a destruir tudo que construíram. Para tentar mantê-los sob controle, os dois assistentes – que também não eram muito simpáticos um ao outro – foram escalados para acompanhá-los em uma turnê promocional. Qual a chance desse trem dar certo?
Nem tudo é tão bonito quanto parece
De uma loja de decoração em Jackson no Wyoming para um império com diferentes ramificações: TV, livro, streaming, o casal Tripp era respeitando como referência no trabalho e na vida pessoal.
O problema era que as pessoas mais próximas sabiam que estava tudo desmoronando. Melissa era uma pessoa abusiva, controladora, manipuladora e insuportável. Rusty não colaborava colecionando casos, inclusive com a coapresentadora do programa deles.
Após o encerramento do programa Novos Espaços, a expectativa era para o lançamento do livro onde – ironia das ironias – ambos compartilham conselhos para um casamento saudável e feliz e o anúncio oficial da série exclusiva deles para o streaming.
Por isso, ambos estão no olho do furacão e cada vez mais propensos a cometer deslizes que podem ser fatais. Por isso, pelo bem maior, as férias após um longo e tenso período prometidas aos assistentes diretos de Melly e Rusty foram canceladas. E contra a vontade, Carey e James tiveram que embarcar na turnê.
Aliados por necessidade, mais que isso por escolha
Carey e James não iam muito um com a cara do outro. James detestava o cargo de assistente-babá-do-Rusty porque só queria uma chance na sua área de formação, a engenharia. Ao contrário de Carey, que trabalhava com o casal desde o primeiro emprego na loja no Wyoming.
No entanto, a proximidade e a necessidade de atuar em conjunto como sistema de prevenção de caos acabam derrubando as barreiras e os preconceitos entre eles. Carey descobre por que James era frustrado com a função e com os desdobramentos de ter que pajear um casal adulto que age como crianças mimadas.
James passa a prestar atenção em coisas que ignorava – como a dinâmica da relação entre Melly e Carey. E a cada coisa que percebia ficava mais preocupado. Conversando aqui e ali, chegou a alguns dos segredos dos Tripp e percebeu que a situação era extremamente complicada.
E claro que o confinamento forçado pela turnê vai deixar tudo ainda mais complicado. Porque nem todo mundo estava convencido de que era tudo perfeito na vida dos Tripp.
Olha a explosão…
O livro é um tic-tac absoluto, você acompanha a escalada dos acontecimentos, só não sabe quando a situação vai explodir de vez. Como previsto os problemas acontecem em sequência e chega ao ponto de não haver mais controle possível.
O livro tem quatro vozes narrativas, os capítulos se alternam entre os pontos de vista de Carey e James; entre eles há outras interferências sobre o que está o presente e o futuro da relação dos Tripp. Foi a escolha das autoras para a gente ir construindo sentido em meio ao caos. Bom que dá dicas, instiga, deixa a gente assim: “mas gente, o que aconteceu…”.
Não foi à toa que as autoras dedicaram o livro à equipe dos bastidores. Boa parte do público crê que os apresentadores fazem mágica, ignorando a quantidade de pessoas que são necessárias para a magia acontecer – seja no entretenimento quanto no jornalismo. Quem aparece na tela é a linha de frente de um grupo que lidou com todo tipo de situação para viabilizar e finalizar o produto para ser exibido.
Ao focar nos bastidores da treta, a gente percebe o peso das diferentes relações construídas ou forçadas durante a convivência. Aquelas pessoas que só se dão bem quando a luz da câmera está acesa. Quem realmente carrega o piano, as pressões, manipulações, o ego elevado, as raivas latentes e aqueles segredos que não podem vazar. Vale a pena ler para saber quanta fofoca história ocorre nos bastidores. Além, claro, de torcer para Carey e James sobrevivam aos chefes e sejam felizes.
– Links: site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta