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A praia infinita – Jenny Colgan (Mure) – Cap. 1910

Ciao!

Confesso que Jenny Colgan me deixou muito curiosa sobre este livro. Queria saber a sequência da história entre Flora e Joel, o que aconteceria entre Saif e Lorna e, claro, voltar à rotina de ilha de Mure, na Escócia.

Neste livro, disponível na Amazon, metade dos meus desejos foram satisfeitos. Mas sigo curiosa.

A praia infinita – Jenny Colgan – Editora Arqueiro
(The endless beach – 2018)
Personagens: os moradores de Mure, uma pequena ilha na Escócia

Ninguém poderia reclamar de falta de assunto em Mure. Havia a expectativa de inauguração do hotel, A Pedra. O novo médico já estava quase adaptado à ilha, exceto pela espera por notícias da família. Lorna precisa resolver uma dúvida pessoal, enquanto reza por mais alunos para a escola. Joel passava mais tempo longe de Mure que ele gostaria – e isso também incomodava Flora. Colton tem uma série de coisas a fazer e só queria um momento para realizar a mais importante delas. E Fintan finalmente se sente livre. No entanto, a vida é uma caixinha de surpresas e nunca se sabe o que vai sair dela.

Um lugar para chamar de meu

Jenny Colgan Capa original

Geralmente, as pessoas buscam um lugar onde sentem verdadeiramente que é o lugar delas – a sensação de pertencimento completo.

Quem mora em Mure – ou escolhe ir para lá – compartilha este sentimento. Afinal de contas, a ilha fica isolada, faz frio, o sinal de internet é desesperador, o senso de comunidade tem o lado que todos ajudam, mas todos se sentem impelidos a saber o que se passa na sua vida.

O estranhamento inicial tinha passado para o Dr. Saif Hassan, embora ele ainda tivesse alguns choques culturais com os escoceses. O que não mudou era a espera, dia após dia, por notícias da esposa, Amena e dos filhos Ibrahim e Ash. Até que, nove meses depois dele desembarcar em Mure, chegou uma boa nova e o mundo dele ganhava novas cores, esperança e dúvidas.

Lorna era espectadora desta espera. Ela tinha sentimentos por Saif, mesmo consciente de que ele não era um homem livre e desimpedido, além de carregar traumas causados pela guerra. Estava difícil lidar com isso e querer ajudá-lo talvez não fosse suficiente.

Colton queria ficar de vez na ilha, ao lado de Fintan. Por isso, ele viajava tanto à Nova York e estava obrigando Joel, o advogado pessoal, a trabalhar de forma exaustiva e quase sem folgas.

As demandas de Colton estavam impactando no relacionamento de Joel e Flora. Ele sempre fechado, alegando excesso de trabalho e compartilhando pouco com ela, o que a deixava muito insegura. E neste cenário, uma faísca mínima pode causar um desastre de grandes proporções.

“E a vida, e a vida o que é? Diga lá meu irmão”

Eu amo essas histórias que se passam em uma comunidade/cidade/bairro/prédio ou qualquer espaço de socialização onde todos se conhecem e se sentem pertencentes à vida alheia. Jenny Colgan cria para quem lê esta sensação de familiaridade após um livro e um conto.

Já acompanhamos uma parte da caminhada dos protagonistas e de quem vive no entorno deles. Agora, estamos de volta para saber o que está acontecendo. Temos desafios, problemas, dúvidas, insegurança, sentimentos fortes e confusos. Além de rivalidade, gente que se faz de sonsa só pra ser irritante. E ainda segredos que quando vierem à tona vão causar mudanças drásticas.

Ou seja, nada que a gente não veja na nossa própria rotina. Atire a primeira pedra quem não enfrentou uma destas situações acima alguma vez da vida. E a autora aborda assuntos atuais, com a jornada de Saif – a pessoa que perdeu tudo que lhe era familiar e as pessoas amadas, e estava impotente aguardando por qualquer notícia deles. Às vezes, ter esperança é uma crueldade.

Para quem está esperando respostas, como era meu caso, posso afirmar, sem entrar em detalhes, que há muitas em A praia infinita. A história anda bastante em relação às etapas anteriores. Vamos presenciar boas notícias para os personagens e os desdobramentos delas. No entanto, como a vida não é 100% felicidade, também vamos levar algumas rasteiras, algumas com solução, outras tão duras que a gente se solidariza aos personagens. Especialmente quem já enfrentou algo parecido. E ficarmos com outras perguntas.

Ou seja, agora preciso dos próximos livros que se passam em Mure para saber o que vai acontecer com estes personagens que se tornaram tão especiais para mim. Uma dica: se você ainda não leu A Praia Infinita, não leia os resumos das histórias seguintes – a menos que não se esquente com grandes spoilers. Eu só fiz isso depois que terminei.

Mure

– Links: site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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