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Cap. 633 – Lola e o Garoto da Casa ao Lado – Stephanie Perkins

Ciao!!!

É o seguinte: tem livros que conversam com você.
Aliás, conversam com você em diferentes faixas etárias. Já percebi que a
Stephanie Perkins consegue me emocionar agora por dialogar tão bem com a adolescente
que eu fui. Por isso, fiquei feliz da vida quando soube que
Lola seria
lançado em novembro, mês do meu aniversário. Por isso, cerquei o livro
em três livrarias diferentes desde o dia 12. Por isso, consegui comprá-lo no
dia 16. Por isso, consegui lê-lo em menos de 1 dia (se você contar madrugada,
parte da manhã, um trecho na rua e parte à tarde). E só por isso, que #madrehooligan definiu como “agonia”, este post está aqui hoje.
Lola
e o Garoto da Casa ao Lado – Stephanie Perkins – Novo Conceito
(Lola and the boy next door
– 2012)
Personagens: Dolores “Lola”
Nolan e Cricket Bell
Lola estava em sua vida normal: com seus figurinos,
seus pais superprotetores e não aceitavam seu namorado cinco anos mais velho, a
mãe biológica que era um problema. Nada mal para uma garota de 17 anos… Até
que a família Bell retornou para a casa lavanda, ao lado de onde ela morava. E
com eles, as lembranças da maior decepção da vida de Lola. Afinal de contas,
ela tinha gostado de Cricket, mas ele a tinha desprezado. Agora, ela estava
namorando um músico descolado e ele não representava mais nada, claro, óbvio,
sem sombra de dúvida…
Comentários:
– É incrível como estes livros me transformam
novamente em uma mistura de adolescente + personagem chiliquenta de mangá.
Porque eu tenho certeza de, à medida que leio, todo mundo está vendo aqueles corações
piscantes e enormes típicos de quem gostava de ver Sailor Moon



É, mais ou menos assim…


– E também
porque as atitudes de Lola refletem em alguns pontos meu eu adolescente: se os
desejos de Lola são ir ao baile de inverno vestida de Maria Antonieta, que os
pais aprovassem o namorado e nunca mais ver os gêmeos Bell, os meus eram passar
no vestibular para Comunicação de primeira (porque seria difícil pagar
cursinho) e ir à Florença. Ok pro primeiro e em andamento pro segundo. 


– Embora, no geral, eu esteja mais para Cricket que para a exuberância de Lola. Enfim, nem
queiram saber como eu era longe dos livros escolares ou literários. Sim, daria
um livro. Não, não vou escrever isso. 
Então a história se faz compreensível para a
Roberta de 17 anos e totalmente cativante para a Roberta atual. 

– Saímos de Paris
e caímos em San Francisco. Lola tem motivos para ser confusa: é adolescente,
teve uma desilusão com o primeiro amor e embarcou de cabeça, ombros, joelhos e
pés (e o que tiver no caminho) na primeira paixão. E sejamos sinceros, por mais
que todos percebam que Max e Lola não vão dar certo (em outras circunstâncias, até funcionaria, mas não é para ser), não adianta dizer. Pessoas
nesta situação precisam descobrir sozinhas (geralmente não é fácil, dói pra
caramba, e ainda tem que lidar com orgulho ferido e alguns comentários
sabe-tudo “eu avisei” porque sempre tem uma criatura que deixa isso bem claro). 

– E nem vem com a história de que Lola não sabe quem é de verdade. Tem gente que
morre com muitas décadas de vida sem saber quem é de verdade. O que atrai no
livro é como Lola expressa isso: na incrível criatividade com que cria
figurinos para si mesma. Adorei imaginar o que ela estava usando – embora eu
nunca usaria (não combina comigo). 

– E muito interessante o background familiar
de Lola – filha de uma mulher que tem histórico de problemas com álcool e drogas, foi
criada pelo tio Nathan e pelo companheiro dele, Andy, que adoraram ter uma filha.
Não espere descrições estereotipadas, nem plumas nem paetês. Eles vivem em San
Francisco, uma cidade marcada pela luta pelos direitos homossexuais (não sei
muito sobre isso, mas quem se interessa, pode pesquisar sobre o tema). 

– Aliás,
se for por extravagância, Lola é a
Drag Queen da casa. Os pais são
rigorosos (sim, aposto com vocês que ganhariam o diploma de “aprovados por
#madrehooligan” em todas as decisões que tomam ao longo da história) e até
linha-dura para evitar que a filha adotiva siga o caminho da mãe. Ou seja,
aposto que a maioria das pessoas já viu esse filme em casa: pai/mãe que
desaprova(m) amigos, namorados, livros e até formigas que convivam com os
filhos. Ou seja, nada anormal! 

– E ainda um detalhe: Lola não vai tomar as
decisões certas de cara – afinal de contas, quantas vezes você fez isso na sua
vida, ainda mais na adolescência?

– E temos Cricket Bell. O garoto da porta ao lado (sim,
passei mais tempo chamando o livro pelo nome dele em Inglês que pelo nome que
recebeu em Português – e nem reclamo, porque seria
Lola e o Vizinho, zero
charme. Ainda bem que a editora reviu conceitos e tomou a melhor decisão). 


– Cricket é o gêmeo bonzinho, que aceita que a família viva em função de criar
condições para a gêmea “dominante” Calliope desenvolver o talento nas pistas de
patinação artística (Nem preciso dizer que meu eu desastrado, estabanado, sem
senso de coordenação motora ficou laranja com bolinhas de inveja, né? Obrigada
por compreenderem.). 

– Por causa de Calliope, a família Bell se mudou
constantemente, em busca de melhores treinadores para que ela pudesse ser a
melhor. Todos os Bell – os gêmeos e o irmão mais velho, Alexander, Aleck, que aparece pouco na trama – são
brilhantes e talentosos. Cricket é inventor, é o dom dele (e nem falo nada,
porque a Física foi um rio que passou em minha vida que não espero que
retorne.). 

– E lá pelas tantas fiquei imaginando que o Cricket é a versão
adolescente do
Dr. MacAllister Booke, o Indiana Jones da paranormalidade e,
coincidentemente, meu personagem favorito da Nora Roberts. Ele é nerd, ele é tímido, ele é criativo (encontra soluções que eu nunca, nunca, NUNCA seria capaz), ele é atrapalhado, ele é alto (sim, muito alto, 1m95!!!),
ele é romântico, ele é amigo, ele está ali por perto (é tão fofo quando está com “com cara de equação difícil” *.*). Assim como Étienne St. Clair, ele
é o garoto que eu adoraria ter encontrado quando tinha 17 anos, mas a vida não
quis assim.
– Falando em Étienne St. Clair…

(pausa para faniquito
adolescente)

… eu já sabia que ele e a Anna apareciam no livro. Minha surpresa é
que eles aparecem muito antes do que eu imaginava. Foi um capítulo inteiro
daquela versão Roberta tiete enlouquecida foragida de um mangá chiliquento. 

E
isso se repetiu todas as vezes que eles apareciam em cena. Sim, para quem ainda
não sabe, Lola e Anna trabalham no mesmo cinema. E onde está a Anna, Étienne
está também. E é tão lindo eles juntos!!! E eu adoro ver o “próximo nível” do
relacionamento deles e como ambos aparecem sem forçar a barra neste livro.
*Agora espero que Anna & Étienne e os personagens de Lola apareçam no livro
da Isla.*

– Basicamente o livro é a jornada de Lola em busca
de quem ela é – além de uma menina que sofria por relacionamentos afetivos que
sempre pareciam desprezá-la, além da menina que se escondia atrás de roupas
coloridas e totalmente diferentes do padrão. E também em busca do que ela sente
– e como Max e Cricket se posicionam nesta relação. 

– A gente lê tanta personagem
adulta se comportando como adolescente em livros adultos, que vale a pena ler
como uma adolescente se comporta nestes dilemas. E poderia ser uma história
comum, mas, nas mãos de Stephanie Perkins, é uma jornada que não será fácil,
mas, que respeita os personagens e o leitor e, por isso, leitura imperdível.
Ah, e a fascinação da autora pela cor azul contribui para meu amor à primeira
vista pela trama (reparem como e em quais momentos a cor aparece na história). 

– Adoraria
colocar umas citações aqui, mas não vou tirar o gostinho da descoberta de
vocês. Só devo dizer que temos umas frases que batem fundo de tão simples e verdadeiras e umas declarações de amor (sim, são mais de UMA)
de causar inveja, seja na menina de 17 ou na menina que passou dos 30. Sim, Lola
e o Garoto da Casa ao Lado
vai para a prateleira ao lado de Anna e o
Beijo Francês
– os livros que me fazem sentir alegre e feliz. E ambos
aguardam a chegada de Isla para completar a turma.

– Da série “comentários irrelevantes”, um singelo
porém: não gostei do detalhe na capa brasileira que me impediu de ver as mãos
da Lola – sabe como é, a curiosa aqui queria ver o esmalte da garota (provavelmente apenas eu e a Carol, do Mulheres Românticas, gostaríamos de ver a cor). Vou
apelar para a capa original, fazer o quê, né?
– E eu acho que tanto Anna quanto Lola (e provavelmente
Isla) deveriam virar filme ou seriado. A descrição me fez querer VER algo para saber se a minha imaginação está ainda nesta galáxia (apesar de todos os chiliques).
Paris e San Francisco são ótimas locações!!! Ah, sim, quase me esqueci de dizer: é narração em primeira pessoa, assim como o livro anterior, mas aqui não é chato, porque precisamos entender o que se passa na cabeça de Lola – e não, eu não dormi lendo esse livro. Aliás, queria vencido o sono para terminá-lo o quanto antes.
– Para quem não sabe ou não entendeu as referências,
este livro faz parte de uma trilogia de livros “companheiros” da autora (ou
seja, são livros independentes, mas a graça está em ler todos):
2 –
Lola e o Garoto da Casa ao Lado
3 – Isla e o final feliz 
lançamento da Intrínseca de junho de 2015 
Outros links: o site da autora:
página onde ela fala dos livros,
tem coisas legais na parte de
Extras e no blog delaE outros posts sobre a autora (e o livro da Anna) no
Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!

Beta 

ps.: Sim, li o livro em uma fúria de curiosidade compulsiva e estou relendo na velocidade de uma tartaruga com narcolepsia. Um bom resumo de como está minha vida agora…

4 Comentários

  1. Lilian

    Ai, eu tenho vontade de ler, mas não sei se vou gostar, todo mundo fala tãããão bem! Mas tenho medo de não gostar por ser muito adolescente. Oh dúvida cruel!

    Por isso, fiz uma leitura transversal da sua resenha, confesso, não me mate! Mas adorei o jeito que você escreveu (bem, a parte que li da maneira certa), e ri horrores dos gifs que você colocou. Quantos coraçõezinhos! rs

    Só fico pensando se leio em inglês, porque dizem que a tradução ficou bem porquinha, cheia de erros.

    Ah, e não sei que mania é essa de colocar subtítulos. Poluiu a capa, que no original é tão clean!

    Kisses!

  2. Andrea Jaguaribe

    Adorei seu faniquito chiliquento!!!!!

    Adorei sua resenha, fiquei com vontade de ler, mas acho que vou esperar sair aqui o livro da Isla e comprar os 3 juntos. Senão quem vai ter faniquito chiliquento sou eu com crise de abstinência! kkkkk

    Beijos!

  3. Caroline Santos

    Eu ainda não li Anna e o Beijo Francês (por favor não me mate!)

    E estou à espera do livro da Lola… acho que vou deixar ele chegar para ler os dois em seguida 🙂

    Realmente o QR Code da Novo Conceito "estragou" o processo de ver a cor… eu achei LUXO 😀

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