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Mentira Perfeita – Carina Rissi – Cap. 1188

Ciao!!!

Disponível na Amazon
 
 
 
Carina Rissi está de volta com um spin-off de Procura-se um MaridoConfesso que tive uma grande surpresa neste livro por lerdeza minha – o Marcus aparece no livro do irmão, mas quando li meu HD mental foi povoado pelo Max. Então só fui me dar conta dele agora.
E gostei muito do que li.
 
Mentira Perfeita – Carina Rissi – Verus Editora
(2016)
Personagens: Júlia Muniz e Marcus Cassani
 
Júlia estava preocupada com o estado de saúde da tia Berenice, que embarcou em uma mentirinha “pro bem”: disse que tinha um namorado. A tia apresentou uma melhora e começou a planejar o casamento. E se você está achando pouco, para não abalar a tia, Júlia conseguiu um cúmplice, porque Marcus Cassetti se ofereceu para ser o falso namorado desde que ela o ajudasse a resolver a convencer a família dele de que ele deveria ter independência. Será que, em meio a tantas mentiras, poderia surgir algo de verdade?
 
Comentários:
 
A Carina Rissi tem uma capacidade que eu considero digna de elogios: tudo que ela cita volta na trama de alguma forma. Não fica jogando informações a esmo para encher páginas. Em algum momento, dá um tanto de pavor porque você fica imaginando: “Gente, é coisa demais. Não vai dar certo”. Aqui, mais uma vez, as coisas vão se casando, costurando e fazendo a história andar. Aliás, preparem-se porque não vai faltar assunto.
 
Temos Julia, uma jovem que sempre viveu pra família e pro trabalho. Isso incomodou Berenice, tia dela, que a criou, que temia morrer e deixá-la sozinha. Para isso, sonhava logo que ela se casasse. Em um momento crítico, Júlia não desmentiu que tinha um namorado que poderia pedi-la em casamento. Isso não só deu forças à romântica e sonhadora Berenice para se recuperar (dentro das possibilidades do quadro dela) como a investir TODAS AS ECONOMIAS em um casamento dos sonhos dela (Berenice) para Júlia e o namorado-futuro-noivo que não existia.
 
Nesta sinuca de bico, ela consegue um cúmplice inesperado: Marcus, o irmão caçula de Max, que era noivo de Alicia, dona da empresa onde Júlia trabalhava no setor de TI. O rapaz precisava de ajuda para finalmente conseguir independência da família italiana, apaixonada e extremamente preocupada. Assim seria uma troca de favor que ajudaria aos dois. Desde que nada mais complicasse o que já não era fácil, extremamente fácil para todo mundo cantar junto.
 
Só que, adivinha: claro que complica! Há uma intensa, inexplicável, incontrolável atração que só serve para confundir tudo. Cada um está às voltas com dúvidas e questionamentos internos, inclusive se vale a pena confiar no “parceiro de mentiras” e Júlia está às voltas com uma série de problemas no trabalho que só ampliam o desgaste.
 
Em meio aos questionamentos sobre nossas verdadeiras identidades, o que realmente queremos, o quanto somos capazes de abrir mão da própria vida pelos outros, como lidamos quando a vida nos surpreende com guinadas irreversíveis, o quanto mágoas que nos foram infligidas limitam nossa capacidade de confiar e de viver, é possível se identificar com Júlia e com Marcus, que se revezam na narração da história em 1ª pessoa, em sua jornada de revelações e autoconhecimento, que incluem sofrimento porque a vida é assim.
 
Claro que todo mundo já ouviu de mãe, pai, avós e sei lá quem que mentira tem perna curta e é sempre melhor falar a verdade. Neste caso, a confusão em que Júlia e Marcus se meteram mudou drasticamente a vida deles. Sairão pessoas muito melhores, porque vão entender que aparência não os define, que estão longe de serem perfeitos – e isso os torna atraentes.
 
Aliás, sobre isso, há uma grande surpresa esperando por você logo no início do livro – claro, se você for desmemoriada como eu fui. Em minha defesa, devo dizer que todas as minhas lembranças de Procura-se um marido são dominadas pelo Max, portanto, abstraí demais seres humanos que passaram pela trama. Por isso, quando me dei conta de um detalhe muito interessante, tive que pegar o livro anterior e checar se eu estava tão “Maxcêntrica” que tinha perdido (aham, eu perdi mesmo). Não irei dizer aqui, obviamente, mas quero deixar um recado para Carina Rissi: parabéns pela escolha. Parabéns por criar um “príncipe encantado” humano e cheio de falhas que só o enriquecem como
personagem. Parabéns por fugir do caminho mais fácil e entender que há diferentes tipos de finais felizes na vida real.
 
Para não dizer que fiquei no oba-oba festa do confete e serpentina, a história in-tei-ra menciona que Júlia usa óculos. Já perdi a conta de quantos livros pensei onde os óculos estão associados à característica “patinho feio” da protagonista e um dos passos emblemáticos para se tornar linda™ (conforme os padrões vigentes de beleza) é sumir com os óculos e adotar lentes. Já cansaram de me perguntar – inclusive oftalmologistas – se eu não gostaria de usar lentes por ser “melhor”. Só que eu não acho. Eu prefiro usar óculos. Então, enquanto representante devotada das garotas que amam usar óculos, fiquei chateada de ela não estar de óculos na capa do livro! #prontofalei.

Série:
Procura-se um marido – Alicia e Max
Mentiras Perfeitas – Julia e Marcus
Amor sob encomenda – Melissa e Nicolas  
 
 
Arrivederci!!!
 
Beta

2 Comentários

  1. Sil de Polaris

    Oh, esse romance será uma comédia de acertos e erros, com desencontros e reencontros muito divertidos ou muito estressantes dependendo de cada momento pelo visto. Mas que tia romântica e sonhadora de presente para essa heroína, porém eu não conseguiria culpar essa velhinha, afinal ela ficou preocupada mesmo com o que importava mesmo pela vida, não sendo egoísta, pois queria todo bem para sua sobrinha.

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