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Cap. 1561 – Da lama à riqueza – Julia James

Ciao!



FOGE, BINO, É CILADA!
Gente,
se houvesse justiça no mundo dos romances de banca, este casal terminaria
separado.
Mas
vocês imaginam o que vai acontecer, né?
Neste
livro também foram publicadas as histórias
Por uma noite apenas
e Paixões
proibidas.
Da lama à riqueza – Julia James – Jessica 2
Histórias 159 (Romances Inesperados)
(From
dirt to diamonds – 2011 – Mills & Boon Modern Romance)
Personagens:
Kat Jones/Thea Dauntry e Angelos Petrakos
A vingança
de Angelos não tinha fim. Cinco anos após destruir Kat Jones, ele a reencontrou
como Thea Dautry às vésperas do noivado que finalmente daria a segurança que
ela tanto sonhava. Considerando injusto que ela enganasse outro homem rico, ele
interveio. Desta vez, não teria misericórdia.
Comentários:
– Eu confesso
que detestei Petrakos do início ao fim. Ele podia ser o dono do mundo, mas não
tinha direito de brincar de polícia, júri, promotor, juiz e executor dos
pecados que atribuiu à Kat/Thea. De certa forma, em outras circunstâncias, lembra a trajetória dos
personagens de Beijo Fatal,
com muitos agravantes.
– Petrakos
e se julga na posição de condená-la por algo que supôs que ela fez. E uma vez
que Kat/Thea “desencadeou a ira dele”, não recebeu misericórdia. Ela foi xingada,
humilhada e perdeu tudo. Cinco anos depois, ele a revê com o então noivo em um restaurante
sofisticado, a reconhece e exige que ela vá ao encontro dele. E determina que
ela irá abandonar o noivo e fingir ter um caso com ele. O motivo? Na cabeça
dele, impedir que ela engane outro homem.
– Só
que a autora nos apresenta o que houve cinco anos antes pelo ponto de vista de
Kat/Thea. A gente vê o preço que ela teve que pagar por uma suposição – e, para
ela, – um capricho dele. Ela rememora o quanto se sentiu diminuída moralmente
por tudo que ouviu dele. E como precisou se reconstruir e se aperfeiçoar para
tentar transformar o maior desejo em realidade.
– E
aí, vem Petrakos de novo, interfere onde não foi chamado por um suposto senso
de justiça, porque anos antes, ela “conseguiu escapar impune e o caluniou”. Exato.
Em nenhum momento, ele pergunta a ela o que houve até ficar gritante a verdade de que as
coisas não eram totalmente como ele pensou. Ele encomenda uma investigação que resulta
em um relatório chinfrim e inútil. Nada mais é que orgulho de uma criatura que
se considera irresistível e ficou irritado em vários aspectos com a jovem.

Então ele decide tornar público o relacionamento dos dois e viabiliza uma
situação onde poderá testar quem realmente é Kat/Thea. Ele a quer despida de
todas as suas máscaras sociais para se sentir completo. Acredita que uma
convivência forçada em um local conhecido dele e desconhecido para ela o fará
ter as respostas de que precisa. E tem. Só que o preço se revela alto demais,
para ela.
– Vamos
lá, de novo, porque preciso desabafar isso: quem determinou que Petrakos era
fiscal da consciência alheia? Que ele tinha o direito de fazer o que fez com
Kat/Thea? Será que o modelo de virtude masculina nunca ouviu falar da passagem
bíblica sobre só atirar a primeira pedra quem não tem pecado?
– Não
sou a maior especialista em relacionamentos do mundo, mas isso não é amor. Isso
está longe de ser amor. A história é de um homem egoísta que se sentiu irritado
com uma mulher que, segundo ele, ousou desafiá-lo. Ele se dispõe a dominá-la
até o limite do esgotamento mental. Por isso, não deveria haver happy end aqui – assim como em Beijo Fatal.
– Petrakos
e toda a sua arrogância, prepotência e violência envernizada de poder precisava
era ser preso. Ela a perseguiu, a coagiu, causou danos mentais graves que não
terminaram em tragédia porque a autora não quis (passei o livro
inteiro pensando que quero a análise de alguém formado em Direito para ver
se ainda tem mais algum possível indiciamento ou agravante). E eu costumo
gostar da Julia James. Só queria que tivesse permitido que a jornada de Kat/Thea
em busca da redenção pessoal fosse com alguém digno dela.
Enfim,
se você estiver lidando com este tipo de gente, procure ajuda – inclusive policial.
Ninguém merece um relacionamento que só exista nestas bases. Todo mundo merece
ter uma parceria saudável que inspire o melhor de cada um – e isso não ocorre na
maior parte deste livro. E diante de tudo que ocorre, me permita ser cética de
que houvesse alguma chance de acontecer depois do “eu te amo!” obrigatório.
Bacci!!!
Beta

1 Comentário

  1. Naines

    Concordo inteiramente com você. Li, reli e li mais uma vez. Ele humilhou a garota, abusou dela, apesar de saber os motivos que a fizeram agir na primeira vez. Ele não merecia um final feliz, assim como o mocinho de Beijo Fatal. A autora deveria fazê-los penar bastante para redimir o que fizeram. O final foi muito abrupto, dá impressão que a história foi cortada.

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