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O inferno de Gabriel – Sylvain Reynard (O inferno de Gabriel 1) – Cap. 1695

Ciao!
Disponível na Amazon
 
 

Eu não fazia ideia de há quantos anos este livro está aqui em casa. Fui pesquisar e achei: comprei os dois primeiros livros na Bienal do Rio de 2013.

#MadreHooligan encontrou os livros – a essa altura, o terceiro já estava aqui em casa -, leu toda a série e se apaixonou. 

Depois de tanto tempo, eu me vi na obrigação de finalmente ler antes de assistir à primeira parte da minissérie da Passionflix inspirada no livro com #MadreHooligan. Tentarei fazer um texto sem dar spoilers. 
 
Já que hoje é dia de São João Batista, que é padroeiro de Florença, considerei que seria uma excelente escolha de resenha. Afinal de contas, a cidade é também uma personagem da história de Julia e Gabriel. 
 
O inferno de Gabriel – Sylvain Reynard – Arqueiro (O inferno de Gabriel 1/3) 
(Gabriel’s Inferno – 2013)
Personagens: Julianne H. Mitchell e Gabriel O. Emerson 

Julia se mudou para fazer o mestrado no Departamento de Estudos Italianos do Centro de Estudos Medievais da Universidade de Toronto. Só não esperava começar da pior forma possível com o temido professor Gabriel Emerson. Era o titular da disciplina sobre Dante, fundamental para ela seguir em frente nos planos de pós-graduação. Foi o ponto de recomeço de uma história marcada por muitos espinhos e traumas no caminho da redenção.
 

Comentários:
 
Apparuit iam beatitudo vestra. 

Confesso que o Giulio Berruti (que interpreta o Gabriel na minissérie) foi o empurrão que faltava para finalmente eu começar a ler a trilogia. Ele se uniu ao fato de Florença ser importante na história, à tietagem explícita de #MadreHooligan e ainda ao conhecimento que já tenho da escrita de Sylvain Reynard.
 
 
 
Afinal de contas, como boa pessoa do contra, comecei pela série Noites em Florença, onde gostei muito do William York, príncipe de Florença, e gastei minha garganta gritando com a Raven. De Gabriel e Julia, conhecia o que vi nesta série e o que #MadreHooligan me contou (sim, ela não resistiu em dar spoilers, como por exemplo ler a famosa cena do seminário). 
 
A trama começa com as dificuldades que Julia está enfrentando no Mestrado na Universidade de Toronto, especialmente com o professor doutor Gabriel Emerson. Ela se atrapalha toda perto dele e, por falta de sorte, tanto a excessiva timidez quanto a compaixão naturais dela só ajudam a complicar a situação. 
 
O fato é que a convivência obrigatória entre Julia e Gabriel ganha contornos inapropriados para a relação professor – aluna. Além dos confrontos, surge uma inegável atração. Gabriel não quer atrair Julia para a tormenta que ele é, no entanto, cada vez mais não consegue ser vê longe da aluna. Julia percebe a atração que sente pelo professor de temperamento difícil e lamenta várias impossibilidades, além das óbvias, que existem entre eles. 
 
É a trama aborda a área intermediária entre a fantasia de pontos extremos pressupostos à medida que os personagens interagem e se apresentam para quem lê. Julia personifica tudo de bom. Gabriel está, como diz o título, condenado em vida à “danação eterna”. 
 
O ponto alto é que a gente acompanha a revelação do que há neles por trás da fantasia e projeção um sobre o outro, acrescido pelo conhecimento dos dois a respeito de Dante Alighieri e Beatrice Portinari. A vida do maior poeta italiano é o filtro  principal de Gabriel e de Julia para explicar o mundo. E portanto temos várias referências à Divina Comédia (que quero ler desde Inferno, do Dan Brown e ainda não consegui). 
 
Gabriel não está além de qualquer capacidade de redenção nem Julia está imune à maldade do mundo. Ele é imperfeito. Ela é imperfeita. Os dois tiram a gente do sério (aí fica a seu critério definir com quem você grita mais). Ambos foram influenciados por uma série de coisas que viveram e das quais ainda não se recuperaram.  
 
Sylvain Reynard explora bem este aspecto interno dos protagonistas. É um livro bem descritivo – e olha que eu, fã absoluta de diálogos, não tive problemas. Há muito que não é dito entre Julia e Gabriel. Portanto, eles se tornam um quebra-cabeça não só para o outro, mas também para quem está lendo. 
 
Temos tensão, atração, confrontos, impasses, idas e vindas, medo, descobertas, redescobertas, encontros e reencontros, perdas, dor, escuridão e alegria. Em suas confusões, certezas, vulnerabilidades, angústias, um é tão fascinante ao outro: a dor os une e a esperança de alcançar paz e superar as tormentas deixa de ser algo inatingível, mas talvez possível.
 
O livro mostra uma parte da jornada de Julia, de Gabriel e de Julia e Gabriel. Eles não são os mesmos que iniciaram a trama quando nos despedimos, com um até logo, até começar a próxima das outras duas tramas, com mais desafios a serem enfrentados pelo casal – com a gente a bordo. 
 
Trilogia O inferno de Gabriel
O inferno de Gabriel
O julgamento de Gabriel
A redenção de Gabriel

Arrivederci!!!
 
Beta

1 Comentário

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