Menu fechado

A biblioteca da meia-noite – Matt Haig – Cap. 1867

Ciao!

Disponível na Amazon

Este era um dos livros da Meta de Leitura 2022 que tinha data para sair: só poderia falar dele hoje, aniversário do líder do BTS, Kim Namjoon/RM. Eu assisti à 2ª temporada do In the soop e ele falou que queria ler este livro – e fez isso durante o programa. E outros dois integrantes, Jin e V, também leram – o ARMY prestou atenção porque tudo que os integrantes leem costuma se refletir nas canções do grupo.

Imagem: Efeito BTS – Twitter – reprodução In the Soop

Quando descobri que tinha sido lançado em Português, tratei de garantir o meu, como um presente de Natal do ano passado.

Por isso, hoje, graças ao RM, eis ele aqui.

A biblioteca da meia-noite – Matt Haig – Bertrand Brasil
(The Midnight Library – 2021)
Personagem: Nora Seed

Uma vida de frustrações e perdas levou Nora Seed ao limite. Após a morte do gato, a perda do emprego, o atraso em um compromisso de trabalho, a distância do irmão, só fez que ela entendesse que não faria falta nenhuma para o mundo. Por isso, decidiu acabar com a própria vida. Nora não esperava parar na biblioteca da meia-noite e ter a chance de conhecer como teriam sido as diversas possibilidades de existência dela. Será que haveria uma vida perfeita para ela?

00:00:00

Em uma Olimpíada das Desgraças, Nora Seed tinha certeza de que estaria no pódio. Ao longo do tempo, acumulou decepções com desvelo de colecionador compulsivo. Quando o livro começa, a situação escalona de tal forma que ela se vê convicta de que nada mais faz sentido. Nem ela, nem a vida, nem sonhos, nem os outros.

Uma vida sem sentido não se justifica – é o que ela conclui ao ver tudo desmoronar. Por isso, decide dar um fim ao sofrimento que sentia – um vazio que parecia consumi-la e que não passava, apenas piorava, dia após dia.

Só que ao invés do fim, ela se viu em uma espécie de limbo – a Biblioteca da Meia-Noite. Encontrou a antiga bibliotecária da escola, a senhora Louise Elm, que se tornou a guia dela neste novo momento. A existência daquele local estava ligado à existência de Nora – era o tempo que ela teria de pensar se realmente a morte era a solução.

Para isso, a Biblioteca da Meia-Noite oferecia a chance de explorar os livros de capas em diferentes tons de verde que estavam nas prateleiras e mais prateleiras no local.

“Você tem tantas vidas quanto tem possibilidades. Há vidas em que você toma diferentes decisões. E essas decisões levam a resultados distintos. Se tivesse feito apenas uma coisa de maneira diferente, você teria uma história de vida diferente. E todas existem na Biblioteca da Meia-Noite. Todas são tão reais quanto esta vida”.

“Viva a vida que imaginou”, Henry David Thoreau

Nora faz algumas escolhas pautadas nas frustações – aquilo que não foi capaz de ser e que agora ela acreditava que poderia ter sido um caminho muito mais feliz, valorizado, leve, perfeito.

No entanto, cada livro permite se torna uma jornada de autodescoberta, de reflexão, uma chance de Nora encarar as dores e medos dos quais passou tanto tempo ignorando e fugindo que não percebeu o quanto eles a estavam sufocando.

Ao mesmo tempo, ter tantas possibilidades que sempre pareciam perfeitas em comparação com a vida dela se revelando falhas e não tão perfeitas assim gera dúvidas sobre o propósito dela.

A única maneira de aprender é vivendo

O livro propõe uma jornada à Nora em busca de – como antecipa a contracapa – encontrar uma resposta para a pergunta: o que faz a vida valer a pena? Na vida real, quem estiver na situação dela precisa buscar ajuda especializada.

Como eu já estive sentadinha no fundo do poço ponderando sobre o motivo de ainda estar neste plano, compreendo algumas camadas da dor de Nora. Luto, pressão, impotência, incompreensão de quem estiver ao redor, medo, traumas. Um destes fatores tem capacidade de fazer um estrago enorme numa pessoa, agora imagina uma combinação de vários deles? Como lutar e superar uma situação assim?

Se for o seu caso, não tenha inibição em procurar atendimento psicológico, para ter o acolhimento e encaminhamento necessário. Se for o de alguém que você conheça, acolha com amor e indique este ponto de partida. Se não puder pagar, a dica é procurar universidades na sua cidade ou região – muitas oferecem estes atendimentos.

Não tenha vergonha se te receitarem remédios. No mundo em que estamos, há muitas pessoas na mesma situação, convivendo com diferentes medicações – algumas só não admitem em voz alta.

E comigo, por recomendação da minha psicóloga – beijo, Ana – houve ainda uma outra frente de ação: ela sugeriu que eu cuidasse do meu lado espiritual. A vida vale a pena quando você encontra sentido e propósito – descobrir a sua forma de falar com Deus, independente da crença, é uma ajuda e tanto. Corpo, mente e espírito sãos.

A vida é a melhor escolha

A sua caminhada não será igual à minha, nem como a de Nora ou de outro personagem ficcional. Algumas coisas podem te inspirar a pensar e a encontrar a forma de desbravar em busca da saída deste momento ruim. Tudo passa. Apenas siga em frente.

Gostei de ler este livro no período da Campanha Setembro Amarelo. Neste ano, o tema é “A vida é a melhor escolha”. Sempre se pode recomeçar.

Obrigada ao Namu por ter dado o empurrãozinho que faltava para eu ler este livro. Ele me ajudou a ver o quanto eu evoluí desde aquele tenebroso período que começou há quase 8 anos. Tive altos, baixos e dias normais. Espero que todos tenham a chance de escrever novos – e melhores – capítulos da própria história.

– Links: site do autor; Skoob.

Arrivederci!!!

Beta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *