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Cap. 802 – A Proposta – Katie Ashley

Ciao!!!


A
Andrea me indicou o livro falando sobre ser uma história bonitinha. Na toada em
que eu estava, foi uma bênção.
A Proposta – Katie Ashley –
Pandorga
(The proposition – 2012)
Personagens:
Emma Richards e Aidan Fitzgerald
Emma
quer um bebê. E precisava de um pai, já que o amigo gay desistiu de ser o
doador do esperma. Por “azar” o mulherengo oficial da empresa soube da história
e se dispôs a ajudar. Sem o compromisso de formar uma família, daria a ela o
filho que ela tanto queria e ele realizaria o sonho de passar algumas noites
com ela. E a partir do momento em que cada um consegue o que quer, vão ter que lidar
com as consequências… que podem levar ao que eles não queriam…
Comentários.
A
proposta
é uma bênção para quem está enjoada dos livros filhotes de 50 Tons (o/), chororô provocado por
casal que lida com barreiras intransponíveis de saúde para ficar juntos (o/)
e/ou sobrenatural (o/) ou tudo junto num livro só. A proposta lembra
muito os romances de banca, mas aposto que muita gente que o comprou em
livraria não vai se dar conta disso e continuar torcendo o nariz. O diferencial
é a exploração que a autora pode fazer aqui das cenas íntimas do casal
protagonista, muitas vezes, insinuadas e editadas nas edições que compramos nas
bancas (mesmo nos mais “picantes” – com a ressalva que agora tudo ganhou título
de erótico, quente, hot hot hot bla bla bla).

Emma está perto dos 30 anos e quer desesperadamente um bebê como forma de
recuperar tudo o que perdeu – o noivo e a mãe morreram com a diferença de
alguns anos. Como queria evitar outra perda – a morte do noivo ainda doía –
usar o melhor amigo Connor como doador de esperma parecia perfeito, até o
namorado dele encrencar com tudo. Em meio ao desespero de ambos – Connor e Emma
– Aidan acaba descobrindo toda a história e se oferecendo para ser o doador de
esperma, desde que a concepção seja pela forma tradicional. Assim, Emma terá o
bebê que deseja e Aidan terá o que deseja – e lhe foi negado – desde a festa de
Natal, com o bônus da ausência de compromisso.

Gostei da autora não achar uma desculpa-padrão para a fobia de compromisso de
Aidan (alguma coisa do tipo trauma causado por coração partido), a química
entre ele e Emma é de causar explosão, ele se revela um amante generoso e carinhoso,
coisas que você não espera de um homem com fama de mulherengo. E ao contrário
de Emma, que começa a querer demais coisas que não faziam parte do plano
original, eu fiquei desconfiada de que ainda não era hora do “felizes para
sempre”. Aliás, apesar do que Aidan faz, quero deixar claro que Emma foi muito
ingênua achando que conseguiria redimir o protagonista fóbico de compromisso
com a força do amor dela. Em muitos livros da Harlequin isso acontece em passe
de mágica, vindo do além, de Nárnia, bla bla bla. Eu fiquei com a sensação de
que, na reta final do livro, ela agiu movida por esta esperança e ficou
chateada quando não foi correspondida. Palavra de quem volta e meia topou com
este tipo de comportamento: você não muda ninguém que não queira ser mudado. A vida
não é filme da Disney, Emma. E, ao vê-la com tanta expectativa, e em ambientes
onde esta expectativa surgia de outras pessoas (a família dele e a família dela
são sutis como elefantes com cólica numa loja de cristais), meu sexto sentido
disse que alguma coisa sairia dos trilhos. E Aidan foi uma besta quadrada,
ninguém o obrigou a nada, entrou nessa porque quis, surtou em boa parte por
conta própria. Deveria ter deixado as coisas mais claras para Emma e ele mesmo… Emma e Aidan foram vítimas de si próprios – dos defeitos e das
expectativas. Por isso, nada mais natural que serem tão perfeito um para o
outro.

E só para avisar às pessoas que sofrem como eu, aquele LIVRO 1 escrito na
lombada não é à toa. A história não termina aqui. É tipo ver o filme O
Senhor dos Aneis
– a Sociedade do Anel sem nunca ter lido o livro e
a menor ideia do que acontece depois, quando Sam e Frodo chegam ao alto de uma
montanha de onde veem Mordor, e aquela coisa “E lá onde vamos chegar…” e a
tela fica preta e a criatura sentada na sala de cinema com uma cara de tacho
digna de nota. Yep, eu terminei o livro me sentindo a própria cara de tacho… E
estou esperando pela parte 2.

Ah, sim, TRAZEIRO não dá. Corta a onda e o tesão de quem é dono da referida
parte anatômica e de quem está lendo sobre a referida parte alheia (o trauma
foi tanto que eu tinha marcado a página onde está essa mutilação do Português
básico, mas acabei perdendo. Quando achar de novo – infelizmente o livro não
tem autocorretor, né? – acrescento aqui).  
                                                          
     
Série
A Proposta (conforme Goodreads):
0.5
The Party
 –
história mais curta que conta a festa de Natal onde Aiden se encantou por Emma.
1.
The Proposition
 – A proposta
2.
The Proposal
 – O pedido (já em pré-venda na Saraiva – lançamento previsto para 28/11)
Bacci!!!

Beta

2 Comentários

  1. Andrea Jaguaribe

    Oi, Beta!

    Pois é. Achei um livro bonitinho e muito parecido com os nossos injustiçados livrinhos de banca. Só que com a diferença de que as coisas acontecem num ritmo mais natural, sem soluções tiradas da cartola.

    Fiquei muito fula com o final e com a atitude do Aidan, achei muito covarde o que ele fez. Aguardemos a continuação para ver se ele toma vergonha e deixa de ser bobalhão… Um cara com potencial fazendo uma coisa daquelas… Aff…

    Beijos!

  2. Sil de Polaris

    Instigada. Interessada. Intrigada. São três "is" a serem investigados e saciados pela leitura desta série imediatamente porque eu fiquei muito atraída pelo jeito de cada um desse casal complicado de protagonistas. Uma viagenzinha à livraria em vista de novo !

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