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Cap. 809 – Azar o seu! – Carol Sabar

Ciao!!!


Confesso, estou me sentindo
uma parva. Muito parva. Primeiro porque, antes de ir à Bienal, já estava
namorando este livro na estante. Sei lá porque ele me chamou a atenção
(geralmente o excesso de rosa me afasta, não me atrai), li a orelha (não a da
contracapa – o que teria evitado o susto que levei e que já já vocês vão saber),
fiquei curiosa, mas não levei. O desencontro continuou na Bienal. Aí entrei de
férias, precisava de um “presente de férias” e assim ele finalmente veio para
casa.
Azar
o seu! – Carol Sabar – Jangada
(2013 – Jangada)
Personagens: Ana Beatriz “Bia” Guimarães e Gustavo “Guga” Vitorazzi
Se existisse uma maré de
azar ou de falta de sorte, como preferir, Bia estava praticamente se afogando
nela. Demitida por causa de algo que não tinha feito, atolada em dívidas, sem
nenhuma perspectiva de algo vagamente semelhante a um relacionamento… Para
completar, presa em meio a um tiroteio na Linha Vermelha, Bia achou que tinha
chegado a hora de morrer e desabafou todas as suas frustrações em um cara que
se escondeu ao lado dela. Antes que você pense que ela precisa benzer, vai com calma,
é só o começo da história.
Comentários:
– Garota em crise
existencial e surtando com tudo – ok. Herói daqueles de causar inveja – ok.
Ambos envolvidos em situações engraçadas, constrangedoras, repletas de
coincidências (não tão coincidências assim) – ok. Chance de redenção para uma
heroína destrambelhada, passando por muita lavação de roupa suja, resgate do
passado e definição do que ela quer da vida – ok.
– No entanto, embora tenha
todos os elementos de livros que já li antes, esse tem um fator básico inédito –
ele se passa na cidade onde eu nasci e moro. Embora o encontro de Bia e “O
Cara” seja na Linha Vermelha, a maior parte da história acontece em Juiz de
Fora. E isso me fez dar gargalhadas: o fato de ver coisas do meu dia a dia e
lugares que eu conheço sendo palco de uma chick-lit foi muito legal.
– Bia é um poço de confusão.
Um amor do passado ainda a assombrava, mesmo após 10 anos sem ver Guga, que foi
estudar no exterior e não deu mais noticias. E ela ainda havia se desentendido
com a melhor amiga, Raíssa, irmã de Guga, oito anos antes, então não teve
chance mesmo de saber mais sobre ele. Isso foi o principal lamento dela quando
desabafou no tiroteio: que morreria sem poder contar a Guga que ele tinha sido
o único cara que ela amou (e o melhor beijo da vida dela). De alguma forma, o
azar dela não foi total, os dois escaparam e, apesar de querer enfiar a cara em
um buraco ao se dar conta de tudo que havia dito a um estranho, ainda contou
outros problemas que estava enfrentando. E levou um susto quando ele disse que
a procuraria, embora ela não tinha passado nenhum contato a ele (só se esqueceu
de que estava viajando na Kombi da floricultura do pai, o que ajudaria uma
pessoa realmente atenta – como “o Cara” era – 
a localizá-la).

– Entre idas e vindas,
encontros e desencontros, levou um tempo – e um planejado e romântico “momento
grande revelação” para Bia descobrir o que a gente já sabe ou intui. E é só uma
chave para obrigar Bia a lidar com um monte de sentimentos e fatos que ela
varreu para baixo do tapete e que, com certeza, a estavam impedindo de ser
feliz. Parece fácil na teoria, nem tanto na prática. Ainda tem um longo caminho
para que Bia entenda a si mesmo e o que quer. Nem vou falar tanto de Guga/”O
Cara”, porque o divertido é vocês tirarem suas conclusões sobre ele, as
decisões dele e o comportamento dele…



*** E foi com este livro que encerro a Maratona Feliz Desaniversário 2013. Foi uma jornada interessante, com algumas surpresas e finalmente a retirada de alguns livros da pilha. Clique aqui e veja quais foram os 13 livros escolhidos. E aguardem: em janeiro, vem aí a Maratona 2014…  

Links: Goodreads
, site da autora (tem as inspirações, uma trilha sonora e booktrailer).
Bacci!!!

Beta

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